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quarta-feira, 9 de março de 2011

That day... That birthday...

Ownt, outra fic dedicada a minha melhor amiga.
Dessa vez para o aniversário dela, que foi ontem (08 de março).
Parabéns amiga, mais uma vez.



Meu coração saltitava de felicidade dentro do peito. Estava chegando o momento. Um dos momentos mais emocionantes e esperados de toda a minha vida... Até agora.

- Ei, amiga, ta pronta? – Lari, minha melhor amiga, e confidente fiel perguntou, colocando a cabeça dentro do quarto.
- Quase. – respondi nervosa. Levantei da escrivaninha e me olhei no espelho.
- Ta gata. – Lari verbalizou o que eu havia acabado de me dizer mentalmente.
- Deusémais. – sorri e bati da madeira, Lari também riu.
- Vamos logo, ou chegamos atrasadas. – me puxou pela mão e saímos do apartamento.

Dessa vez a Lah que foi dirigindo (ela insistiu tanto que eu deixei), me deixando assim com um pouco mais de tempo para ficar pensando na morte da Maria Chiquinha... digo, bezerra.
Encolhi as pernas no banco do carona, e fiquei olhando para a mudança de paisagem do lado de fora.
Sem ao menos ter dito uma palavra, a Lari adivinhou mais uma vez o que eu queria. Ela ligou o rádio e uma música muito bonitinha começou a tocar. Aquela música...

Can you feel me? (Você pode me sentir?)
When I think about you. (Quando eu penso em você.)

Comecei a viajar em pensamentos. Meus sonhos mais íntimos, e bonitos.

O sol penetrando em minha pele morena. Eu sorria.
Os raios alaranjados faziam um belo contraste com sua pele e seu corpo; ambos perfeitos para mim. Ele era o meu tipo. Eu o amava.
Sem aviso prévio nem nada, ele me carregou pela cintura e começou a correr. Eu ria e batia levemente em seu peito, mas no fundo não queria que me soltasse.
Quando parou de correr olhou fundo em meus olhos, que eram sapecas e doces, e aproximou nossos rostos. Sorri, prevendo o que ia acontecer. Mas então... Eu acordei.

Vez ou outra eu contava esses sonhos para a Lari, mas eu gostava mesmo de guardá-los para mim. Meus sonhos secretos, como eu gostava de dizer. Como melhor amiga, ela me entendia, pois também tinha os seus, até nisso éramos parecidas.

Meus pés estavam mergulhados parcialmente na água gelada da piscina, por conta de ainda estar com o sangue quente, e não muito empolgada com a idéia de me molhar, eu ainda estava do lado de fora, tentando me acostumar com a temperatura.

- Entra logo. – ele disse com metade da cabeça submersa.
- Não. – fiz manha. – ‘Ta frio. – ele revirou os olhos e se aproximou nadando.
- Se você não entrar aqui em 5 segundos eu vou te puxar.

Ele se aproximou ainda mais, colocou as mãos na borda da piscina e pôs impulso para subir.
Foi tudo tão rápido que minha cabeça ainda gira.
No mesmo instante em que pegou impulso, me roubou um selinho e me levou consigo para o fundo da piscina. Ah, moleque.

- Chegamos! – Lari estacionou o carro e ficou me encarando com aquela cara “eu sei o que você ta pensando”.

Respirei fundo e sai do carro.
Não ficamos muito tempo juntas, ela também estava indo encontrar alguém, um alguém bastante conhecido e querido. Dei uma piscadela marota, e segui meu caminho.

Eu caminhava por uma rua deserta tarde da noite. O mais incrível é que eu não estava com medo, o que seria fato na realidade. Em sonhos somos tão destemidos...
Olhei para o céu, e o brilho das estrelas fascinou meus olhos.
Mas eu não estava sozinha. Como num passe de mágica, ele estava ali, ao meu lado, segurando minha mão, e admirando toda aquela imensidão comigo.

Meu celular apitou no bolso. Li a mensagem que acabara de chegar.

O infinito é apenas a metade do quanto eu te amo. **

Sorri comigo mesma, e apressei meus passinhos de tartaruga.
Cheguei ao local combinado e fiquei olhando para todas as direções possíveis. Sim, eu estava ansiosa, e daí? Não é crime.

Atrás da banca de cupcakes, um garoto, muito bonito, fazia os mesmos movimentos que eu, como se procurando uma pessoa. Engoli em seco, e inconscientemente comecei a me deslocar até ele. Parei a poucos passos.

- É agora ou nunca. – murmurei baixinho. Toquei seu ombro.

O som de trombetas celestiais invadiu minha cabeça. O coro dos anjos era tão lindo...


- Feliz aniversário! – meus três melhores amigos seguravam um bolo e sorriam.
- Vocês não existem. – falei secando as lágrimas que começam a escorrer em meu rosto.
- Ei, essa fala é minha. – Lari disse me dando língua.
- Eu também digo isso. – também de língua para ela.
- Como são bobas essas duas. – nossos dois amigos comentaram entre si.
- Nós ouvimos! – respondemos juntas e cruzamos os braços encarando os dois patetas. (Se a Lah estivesse ao lado deles seriam três patetas. Rsrsrs.)
- Ownt, amor. – ele veio até mim com os braços abertos, me abraçando.
- Adoro te deixar irritada. – o outro caminhou até a Lah que fazia biquinho. Eles são o casal mais incomum que eu conheço. Sério.


            Eu não preciso mais sonhar com meu amor, e nós dois juntos. Ele está aqui comigo agora. Somos muito, muito felizes, e compartilhamos essa felicidade com todos a nossa volta. Nunca imaginei que seria tão feliz desse jeito, mas e não é que é possível?



** Créditos ao Pedro Henrique pela belíssima frase.

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