Páginas

domingo, 13 de março de 2011

Love is forever

O vento frio entrava pela janela aberta, fazendo leves cócegas no rosto do rapaz. Seus olhos fixos na moldura, que segurava firme com as duas mãos. Na foto, duas pessoas, um garoto e uma garota, ao fundo uma área verde e alguns prédios azulados. Girou a foto, e leu a dedicatória:
Para os meus melhores amigos, uma lembrança dos bons tempos de escola. Não esqueçam de mim *-*
O rapaz sorriu, largou a foto onde a havia encontrado e caminhou até a janela. Um céu sem lua nem estrelas era tudo que conseguia enxergar aquela noite. O agrupamento de nuvens cinzentas indicava que uma tempestade estava a caminho, o vento estava realmente frio, fazendo-o optar por fechar a janela.


Ricardo caminhava decidido, cada passo seu era cheio de certeza e tensão, o que viria a seguir poderia ser um momento decisivo. Andou por mais alguns minutos, e enfim chegou ao local combinado.
Sentou em um banco de concreto. Pernas alinhadas e braços rijos, tensão em pessoa. Respirou fundo, e olhou para todos os lados, a procura de um rosto conhecido, não demorou a reconhecer a silhueta de uma garota se aproximando. Ela não sorria, mas também não demonstrava raiva. O que mais se adequava era nervosismo. O nervosismo para com uma decisão importantíssima. Ela tinha certeza do que queria, nunca esteve tão certa disso em toda a sua vida, mas aquela pontinha de indecisão não a deixava por nada. Era frustrante.
Enfim, ela sentou-se ao lado de Ricardo, que se pudesse estaria suando frio.

- Eu já tomei minha decisão. – a garota disse sem olhar para o garoto ao seu lado. – Eu sei que demorei, mas...
- Não! – ele disse convicto. – Você pediu seu tempo, e eu o dei, sinceramente, pensei que poderia ter levado muito mais tempo, mas fico feliz que estivesse enganado, não sei se suportaria essa tensão de não saber o que você pensa por muito mais tempo.
- Eu precisei desse tempo, pois queria te dizer com toda certeza o que eu queria para nós. – pausa. – Eu agora posso te dizer o que acho sem medo nenhum.

A garota levantou os olhos, um pouco vermelha, e encarou o rapaz ao seu lado. Ele levou sua mão até a dela, e a segurou forte, mostrando que qual fosse sua decisão, ele não se chatearia e procuraria entendê-la.

- Eu vou te amar para sempre, Bella, seja o que for que você decidir. Eu me apaixonei por você e sempre vou querer o seu melhor...
- Eu sei, Ricardo. Eu também vou te amar para sempre. E essa é a minha decisão. Eu decidi te amar, sem culpa, sem remorso. Se não der certo, vamos continuar amigos, como você mesmo diz, e ainda assim eu vou te amar. – ela terminou com um suspiro de alivio e um sorriso de satisfação.


Grossos pingos de chuva caiam na cidade lá fora, as luzes acesas dos prédios vizinhos e carros transportando água da pista para a calçada traziam uma certa esperança para o coração da expectadora. A garota loira olhava para tudo de uma janela que logo se tornaria embaçada. Escorregou um dedo pela superfície gelada, e virou-se bruscamente na direção oposta, caminhando a passos largos até a sala, onde se encontrava o telefone. Discou alguns números que sabia de cor, e esperou pacientemente a outra pessoa atender, o que não aconteceu.


Bella mantinha os braços apoiados no corrimão do navio, o corpo inclinado para frente, com o olhar perdido no horizonte. Admirava o mar e seu quebrar de ondas; os peixinhos pulando e brincando uns com os outros. Seus pensamentos perdiam-se entre essas maravilhas da natureza, corriam livres como o vento, sem direção especifica, só corriam. Sua distração era tamanha que nem ao menos notou um par de olhos analisando-a.
A brisa marítima batia em seu rosto, e fazia seus cabelos dourados voarem, bagunçando-os, mas pouco se importou. Sorriu de olhos fechados, apreciando aquele momento de paz, sossego e beleza. Reconheceu o toque de dois braços quentes rodeando seu corpo em torno da cintura. Ficou de costas para o corrimão, encontrando o rosto em que a pouco pensava. Ergueu uma das mãos e deslizou livremente pelo rosto do rapaz em sua frente, ambos com um doce sorriso nos lábios.
Bella virou novamente, encontrando o mar. Ricardo permaneceu ao seu lado, abraçado ao seu corpo, admirando juntos aquele belo por do sol.


A campainha tocou, roubando a atenção do rapaz, que estava sentado no sofá. Levantou, um tanto confuso, não esperava ninguém. Abriu a porta, surpreso com quem estava diante de seus olhos.

- Manu? O que aconteceu?
- Isso se chama chuva, e está acontecendo lá fora. – ela disse, abraçando o próprio corpo, as roupas encharcadas.

O rapaz recuperou-se da aparição repentina da irmã e levou-a para dentro, arrumando-lhe toalha e roupas secas.
Depois de se secar e colocar roupas quentes, Manuella voltou a sala, encontrando o irmão no sofá servindo duas xícaras com um liquido escuro. Aspirou o ar, e logo descobriu o que era.

- Chocolate quente. – disse distraidamente (rimei sem querer), atraindo a atenção do irmão para si, que sorriu e lhe estendeu uma xícara.
- Sim. – respondeu. Sentaram-se lado a lado.

Ficaram em silêncio por alguns minutos, até que Rafael resolveu quebrá-lo com uma pergunta.

- Vai me dizer o que aconteceu? – Rafael tomou um gole de seu chocolate, enquanto sustentava o olhar na irmã. Manuella por sua vez mantinha o olhar fixo no tapete fofo do chão.
- Sabe o que eu estava olhando? – Rafael voltou a falar, largou a xícara na mesa de centro, e pegou uma caixa de madeira ao seu lado.

Manuella ainda estava com um pouco de frio, por isso vacilou um pouco ao repetir o movimento do irmão, deixando a xícara, que segurava com as duas mãos, na mesinha de vidro.
Rafael segurou o sorriso, conhecia a irmã muito bem, sabia que ela mão resistiria a olhar velhas coisas dos pais.


Coloque HomeDaughtry p/ tocar.
Os primeiros acordes da música soaram alto e claro, olhei para a garota diante de mim, que sorriu vermelha, com certeza imaginando o que se passava por minha cabeça. Talvez estivesse certa... Ou não.
Estendi minha mão, Bella prendeu a respiração por um momento, talvez espantada com o que estávamos prestes a fazer. Olhou para minha mão, e depois para o meu rosto, eu sustentava um sorriso maroto. Por fim, ela levou sua mão até a minha, demos alguns passos e começamos a dançar.
Bella passou os braços por minhas costas, assim como eu havia feito com ela, e levou a cabeça lentamente ao meu ombro. Era como se estivéssemos abraçados, mas nos movendo de acordo com a música. Sua respiração batia de leve em meu pescoço, e imaginei que estivesse de olhos fechados, não sei por que, mas tive essa impressão.
Corri os olhos pelas outras pessoas, apesar da mais importante delas estar aqui comigo... Minha Bella. Inalei o aroma de seus cabelos, e ali depositei um beijo. Ao longe outra bela sorria para nós, por acaso quem havia nos convidado para a festa... sua festa. Nossa amiga Bela. Lhe lancei um olhar significativo, será que ela... não pode ser. Ela havia escolhido essa música especialmente para nós? No instante seguinte, Bela não estava mais lá, e a minha pergunta já nem era tão importante.

- Sabe o que eu tava pensado... – Bella começou, balançávamos de um lado para outro. – Essa música até que é legal. – isso arrancou de mim uma sonora gargalhada. Bella ergueu a cabeça, e ficou me encarando, isso me fez querer saber o que realmente se passava em sua cabeça, eu não estava com medo, só curioso, eu sempre gostaria de saber o que ela realmente pensava, isso tornaria as coisas tão mais fáceis...
- O que você está pensando? – confesso, essa pergunta me pegou de surpresa.
- Hey, sou eu quem sempre pergunta isso. – sorri.
- Vamos variar um pouco.
- Eu gostaria de saber o que você pensa... Todo o tempo.
- Você só se confundiria ainda mais, acredite. Você enlouqueceria tentando me entender.
- Nunca fui completamente são.
- Eu já desconfiava.

Continuamos nos movendo para lá e para cá. Sem vacilar nossos olhares um do outro.

- Sabia que eu te amo? – passei uma mecha de seu cabelo para trás da orelha.
- Eu amo mais.
- Não, eu que amo mais. Muito mais.
- Não mesmo. – disse desafiadora.
- Ok. Amamos igual. Que tal? – propus inteligentemente. (essas rimas saem tão espontâneas.) Bella balançou a cabeça concordando. Ficamos em silêncio por algum tempo.
- Já to com saudade. – eu odiava vê-la triste.
- Vão ser as duas semanas mais longas da minha vida.
- E as mais tediosas da minha.

Suspiramos simultaneamente. Bella se inclinou em minha direção e encostou nossos lábios, mas só isso. Abracei-a o mais forte que pude. Não queria perdê-la, e talvez... ela estivesse pensando o mesmo que eu.


- Sinto falta deles. - Manuella confessou. Largou uma foto, a mesma que o irmão olhou inicialmente, em cima da mesinha.
- Eu também. – Rafael concordou. – Pode não parecer, mas eles ainda estão com a gente. Todo o tempo.
- É. – Manu sorri. Deixa a cabeça cair levemente no ombro do irmão. Rafael passa o braço livre pelas costas da irmã, e os dois sorriem olhando para a pequena foto, onde os pais estão juntos em uma área verde com prédios azuis ao fundo.

Atrás de ambos, uma áurea brilha.
É, eles estavam ali, todo o tempo.


Goodbye, brown eyes, goodbye, my love ♫

Já escutaram o novo cd da Avril Lavigne, Goodbye Lullaby?
Nossa, é muito bom, to repetindo desde ontem xD
Pode ter demorado, mas ta incrível.


Ok, hoje eu resolvi postar uma história muito especial para mim. Escrevi ano passado, para o meu mano, e amigo de todas as horas, Ricardo Augusto. E acho que vocês gostariam de lê-la.


sábado, 12 de março de 2011

Danny Jones



Sim, não vamos esquecer que hoje é o aniversário desse belo rapaz!
Daniel Alan David Jones, guitarrista e vocalista do McFly.
Muitos, muitos anos de vida para ele.

Danny, seu lindo! Te amo ♥
E que venham mais muitos anos de McFly.


The End.


Eu sempre soube que um momento como esse acabaria acontecendo. Por mais que meu coração se faça em mil pedaços, necessito fazê-lo. Ela é tudo para mim, e a amo mais do que tudo nesta minha medíocre vida, mas a hora de por um fim nisso chegou.
Por mais que eu tivesse passado e repassado minhas falas um milhão de vezes, eu continuava indeciso quanto a isso. Esse seria mesmo um modo de fazê-la feliz? Terminando o que demoramos muito tempo para construir? Eu não tinha certeza de nada, apenas que eu tinha que fazer alguma coisa.
Levantei da cadeira do computador, e uma dor alucinante cortou meu peito. Seria isso um sinal? Olhei para nossa foto em uma bonita moldura na estante. A dor se intensificou, e eu senti as lágrimas começando a cair, mas eu não ia chorar.

[...]

Eu sempre lembraria nossos mais lindos momentos com um sorriso no rosto. Ela agora me odiava, e eu fazia por merecer, mas era para o nosso próprio bem. O que um cara como eu poderia oferecer a ela? Nosso futuro não era promissor. Eu sei que no fundo ela também sabia disso. Cometemos o erro de nos apaixonarmos pela pessoa errada. Não que isso fosse um erro, mas não deveria ter acontecido. Por causa disto, eu agora havia magoado quem eu mais amava, e isso me matava tanto quanto a ela. Se for necessário contar, eu continuaria amando-a, talvez, mais até do que antes, e eu nunca, nunca deixaria este sentimento morrer.

Saturday Night \õ/

Oi amiguinhos (:
Hoje é sábado, ou seja, dia em que vou postar algum texto para vocês.
Espero que gostem.

Nossa, desculpem a demora em atualizar, mas sabem como é, época de testes, então meu tempo fica mais reduzido do que já é. Agora chega de lero, e vamos ao que interessa.

quarta-feira, 9 de março de 2011

U and Me

Dedicada a minha mana Carol, por sempre me aturar e por adorar esse shipper.

Shipper: Draco Malfoy & Gina Weasley

- Eu amo esse filme. – Gina disse com um sorriso doce em seus lábios. Descansava a cabeça no colo do namorado.
- Quantas vezes você já assistiu? – perguntou curioso, fazia leves cafunés na cabeleira da ruiva.
- Sei lá, umas 20? – arriscou. Draco riu gostosamente e passou a mão pelos cabelos.
- Não enjoa de a Walk to Remember (Um Amor para Recordar)? – perguntou. Realmente, Draco já vira a garota assistir muitas vezes àquele filme. Seria capaz de apostar que Gina sabia todas as falas.
- Não – ela sorriu. – é um filme tão bonito. Às vezes me lembro de nós dois. – virou os olhos para a TV; Jamie e Landon estavam em uma estrada à noite.
- Nós dois? – suas sobrancelhas uniram-se em sinal de dúvida.
- Sim – Gina afirmou. – digamos que no início, eu não tinha muita simpatia por você. – fez uma careta. – Eu te achava um cara idiota, ridículo e metido.
- Obrigado pela sinceridade – Draco agradeceu confuso. – bom saber que você pensava tudo isso de mim.
- Ah, amor – Gina olhou atentamente em seu rosto. – você dava a entender que me odiava.
- Eu não te odiava – riu. – só não sabia como... me aproximar.
- E agora sabe? – perguntou mordendo os lábios, Draco sorriu e aproximou se rosto da garota.
- Acho que sim. – disse travesso, causando leves arrepios na ruiva. Grudou seus lábios ao dela, não aprofundou o beijo, só ficou ali pressionando seus lábios.
- Me beija logo. – disse Gina autoritária, Draco riu, mas obedeceu. Sua língua acariciando e brincando com a de Gina, um beijo bom demais. Logo, também já estava deitado do sofá. A relação entre os dois era bastante intensa, mas não a hora apropriada; terminaram o beijos com longos selinhos.
- Te amo, Draco Malfoy. – a garota sussurrou de olhos fechados.
- Também te amo, Gina Weasley.

That day... That birthday...

Ownt, outra fic dedicada a minha melhor amiga.
Dessa vez para o aniversário dela, que foi ontem (08 de março).
Parabéns amiga, mais uma vez.



Meu coração saltitava de felicidade dentro do peito. Estava chegando o momento. Um dos momentos mais emocionantes e esperados de toda a minha vida... Até agora.

- Ei, amiga, ta pronta? – Lari, minha melhor amiga, e confidente fiel perguntou, colocando a cabeça dentro do quarto.
- Quase. – respondi nervosa. Levantei da escrivaninha e me olhei no espelho.
- Ta gata. – Lari verbalizou o que eu havia acabado de me dizer mentalmente.
- Deusémais. – sorri e bati da madeira, Lari também riu.
- Vamos logo, ou chegamos atrasadas. – me puxou pela mão e saímos do apartamento.

Dessa vez a Lah que foi dirigindo (ela insistiu tanto que eu deixei), me deixando assim com um pouco mais de tempo para ficar pensando na morte da Maria Chiquinha... digo, bezerra.
Encolhi as pernas no banco do carona, e fiquei olhando para a mudança de paisagem do lado de fora.
Sem ao menos ter dito uma palavra, a Lari adivinhou mais uma vez o que eu queria. Ela ligou o rádio e uma música muito bonitinha começou a tocar. Aquela música...

Can you feel me? (Você pode me sentir?)
When I think about you. (Quando eu penso em você.)

Comecei a viajar em pensamentos. Meus sonhos mais íntimos, e bonitos.

O sol penetrando em minha pele morena. Eu sorria.
Os raios alaranjados faziam um belo contraste com sua pele e seu corpo; ambos perfeitos para mim. Ele era o meu tipo. Eu o amava.
Sem aviso prévio nem nada, ele me carregou pela cintura e começou a correr. Eu ria e batia levemente em seu peito, mas no fundo não queria que me soltasse.
Quando parou de correr olhou fundo em meus olhos, que eram sapecas e doces, e aproximou nossos rostos. Sorri, prevendo o que ia acontecer. Mas então... Eu acordei.

Vez ou outra eu contava esses sonhos para a Lari, mas eu gostava mesmo de guardá-los para mim. Meus sonhos secretos, como eu gostava de dizer. Como melhor amiga, ela me entendia, pois também tinha os seus, até nisso éramos parecidas.

Meus pés estavam mergulhados parcialmente na água gelada da piscina, por conta de ainda estar com o sangue quente, e não muito empolgada com a idéia de me molhar, eu ainda estava do lado de fora, tentando me acostumar com a temperatura.

- Entra logo. – ele disse com metade da cabeça submersa.
- Não. – fiz manha. – ‘Ta frio. – ele revirou os olhos e se aproximou nadando.
- Se você não entrar aqui em 5 segundos eu vou te puxar.

Ele se aproximou ainda mais, colocou as mãos na borda da piscina e pôs impulso para subir.
Foi tudo tão rápido que minha cabeça ainda gira.
No mesmo instante em que pegou impulso, me roubou um selinho e me levou consigo para o fundo da piscina. Ah, moleque.

- Chegamos! – Lari estacionou o carro e ficou me encarando com aquela cara “eu sei o que você ta pensando”.

Respirei fundo e sai do carro.
Não ficamos muito tempo juntas, ela também estava indo encontrar alguém, um alguém bastante conhecido e querido. Dei uma piscadela marota, e segui meu caminho.

Eu caminhava por uma rua deserta tarde da noite. O mais incrível é que eu não estava com medo, o que seria fato na realidade. Em sonhos somos tão destemidos...
Olhei para o céu, e o brilho das estrelas fascinou meus olhos.
Mas eu não estava sozinha. Como num passe de mágica, ele estava ali, ao meu lado, segurando minha mão, e admirando toda aquela imensidão comigo.

Meu celular apitou no bolso. Li a mensagem que acabara de chegar.

O infinito é apenas a metade do quanto eu te amo. **

Sorri comigo mesma, e apressei meus passinhos de tartaruga.
Cheguei ao local combinado e fiquei olhando para todas as direções possíveis. Sim, eu estava ansiosa, e daí? Não é crime.

Atrás da banca de cupcakes, um garoto, muito bonito, fazia os mesmos movimentos que eu, como se procurando uma pessoa. Engoli em seco, e inconscientemente comecei a me deslocar até ele. Parei a poucos passos.

- É agora ou nunca. – murmurei baixinho. Toquei seu ombro.

O som de trombetas celestiais invadiu minha cabeça. O coro dos anjos era tão lindo...


- Feliz aniversário! – meus três melhores amigos seguravam um bolo e sorriam.
- Vocês não existem. – falei secando as lágrimas que começam a escorrer em meu rosto.
- Ei, essa fala é minha. – Lari disse me dando língua.
- Eu também digo isso. – também de língua para ela.
- Como são bobas essas duas. – nossos dois amigos comentaram entre si.
- Nós ouvimos! – respondemos juntas e cruzamos os braços encarando os dois patetas. (Se a Lah estivesse ao lado deles seriam três patetas. Rsrsrs.)
- Ownt, amor. – ele veio até mim com os braços abertos, me abraçando.
- Adoro te deixar irritada. – o outro caminhou até a Lah que fazia biquinho. Eles são o casal mais incomum que eu conheço. Sério.


            Eu não preciso mais sonhar com meu amor, e nós dois juntos. Ele está aqui comigo agora. Somos muito, muito felizes, e compartilhamos essa felicidade com todos a nossa volta. Nunca imaginei que seria tão feliz desse jeito, mas e não é que é possível?



** Créditos ao Pedro Henrique pela belíssima frase.

Third comment

Oi galerinha!
Não sei o que postar hoje '-'

não, não. vou tentar de novo.

Olá amiguinhos!
Não faço a mínima ideia do que postar hoje --'
Poisé, falta de criatividade.

Ow God, aulas amanhã,
e teste de Biologia...

VOLTA CARNAVAL!!!

é, acho que ficou bom.

Espero que vocês gostem, seja lá o que eu postar aqui (;

 (Thomas lindo Fletcher)

segunda-feira, 7 de março de 2011

You


Eu tento parar de pensar em você... Não consigo.
Nem mesmo em sonhos consigo te esquecer.
Em cada música, um pedacinho seu domina minha cabeça.
Quando isso vai parar?
Quando voltarei a ser eu mesma, e me preocupar menos com você?
Acho que isto está longe de terminar...
Só espero que no fim, toda essa agonia valha a pena,
E possamos ser felizes.

About me


A maior parte do tempo é assim, meu olhar perdido no espaço. Mil e uma coisas mirabolantes passeando pela minha cabeça.
Expressão sérias, fones no ouvido... Uma garota comum, com sonhos impossíveis e que esqueceu de crescer.

Quando fecho os olhos, é uma maneira de realizar todos os meus sonhos, desde os mais bobinhos até os mais complicados.
Não tente me entender, é uma árdua tarefa, e que talvez em seu final, nem seja tão importante assim.

Never tell


Por que eu não consigo te dizer tudo o que sinto?
Não consigo entender a mim mesma.
Só o que faço é te afastar de mim, quando o que mais quero é que esteja perto.
Eu nunca vou me perdoar se eu te perder e não ter a chance de dizer tudo o que quero há muito tempo.
Eu sei que nunca vou ter coragem de dizer, mas de algo forma, espero sinceramente que você saiba, ou que ao menos uma ideia se passe pela sua cabeça.

Second comment


(Tom Fletcher está dizendo "Oi" p/ vocês)


Oioi pessoas que tem internet!
#iCarlyfeelings

Hoje eu acordei meio sentimental, então já sabem: se acharem meus textos melosos, emos e... filosóficos demais, tem motivo.
(nada contra os emos, blz?)

domingo, 6 de março de 2011

Catapora

Short-fic que eu fiz quando minha bieféfa estava doente.


- Oi, meu amor. – Danny entrou pela porta, cheio de sacolas do supermercado.
- Oi. – respondi com um sorriso murchinho, eu odiava ficar doente. Ele veio até mim e me deu um curto selinho, depois foi até a cozinha levar as sacolas.
- ‘Ta melhor? – ele perguntou.
- Um pouco. – respondi na mesma altura. Estiquei as pernas no sofá.

Zapeei alguns canais na TV... Nada de bom passando. Desliguei.

- Danny. – chamei preguiçosamente. Ele esticou a cabeça para que eu pudesse vê-lo. – Pega meu celular? – pedi com um sorriso meigo. Ele sorriu, e foi pegar o aparelho no hack para me entregar.

- Obrigada. – mandei-lhe um beijinho no ar.

Assim que peguei o celular de sua mão, Larissa me ligou.
É sério, nós temos uma ligação... Sem piadas, por favor. Temos uma ligação muito forte. Nós com certeza devíamos ter sido irmãs em outra vida. Imagina só, eu e a Lah com aquelas roupas de época, passeando pela Londres de antigamente. Nossa, maior sonho isso.

"Amiga, como você 'ta?" Ela começou desesperada. Rsrs.
"Oi Lari." Comecei. Que amiga louca eu tenho. "Eu ainda 'to na mesma, com essa catapora." Olhei enraivada para as manchas vermelhas no meu corpo. "Mas, e você? Como está?"
"Tudo belezinha." Ela respondeu.

Não escutei mais nada. Tirei o celular da orelha e olhei para o visor.

- Que ótimo, a ligação caiu. – bufei descontente.
- Ela vai ligar de novo. – Danny falou da cozinha. Ué, tanta demora só para arrumar umas comprinhas?
- Ei, Danny – comecei. – o que você 'ta fazendo aí? – sim, eu sou muito curiosa.
- Ah – ele esticou a cabeça novamente para que eu pudesse vê-lo. – ‘to preparando chocolate quente.
- Oba, oba. – comemorei sentada. O celular tocou novamente.

"O que aconteceu?" Perguntei esbaforida.
"Calma." Lari disse lentamente. "Foi essa droga de celular." Bufou. "Isso sempre acontece quando neva em Londres."
"Londres?" Estranhei. "O que você ta fazendo em Londres, amiga? Pensei que estivesse em Liverpool com o Tom."
"Ah, é" A ouvi bater na própria testa. "Viemos ver uma apresentação da Carrie. Ai, amiga, minha cunhadinha estava linda. Senti sua falta conosco. Não é a mesma coisa sair para comemorar na Starbucks sem você." Ela choramingou.
"Pode apostar que eu queria muito, muito, muito mesmo estar aí." Sorri. "Mas me fala, como está a Carrie?"
"Ela ‘ta bem. Saiu há pouco com o Tom, foram locar uns filmes e ir ao meu paraíso particular..."
"Starbucks." Falamos juntas, para depois rirmos juntas também. "Boba." Dei língua. Ok, ela nem viu. "Mas, ei... Por que você não foi com eles?"
"Ah, pensei que era uma boa hora para te ligar, saber como está... E colocar as fofocas em dia." Rimos.
"Ownt, amiga. Realmente, você é a melhor amiga do mundo todo!" Fiz gesto com as mãos. Estou tão sentimental.
"Ah, amiga. E você? A melhor, da melhor, da melhor, da melhor, da melhor, da melhor..."
"Já entendi."
"Da melhor, das melhores." Gargalhamos.
"Suas loucas!" Danny apareceu e sentou no braço do sofá.
"Somos mesmo!" Lari respondeu. "Ah, fala para o Danny que eu disse que é para ele cuidar direitinho de você, viu?" Ela informou preocupada comigo. Ah, minha melhor amiga.
"Ok, vou dar o recado." Danny riu, ele devia saber que o recado era para ele mesmo.
"Você ta doentinha, ele tem que ser carinhoso, cuidadoso, sabe." Continuou passando os recados.
"Sim, senhora." Bati continência, Danny riu ao meu lado.
"Coloca no auto falante, por favor?" Ela pediu educadamente. Ih, já vi tudo. Fiz o que ela pediu.

- DANNY, CUIDA DELA VIU! SE NÃO FAÇO PICADINHO DE JONES! – ai meus tímpanos. – Ele me ouviu? – ela perguntou com a voz em tom normal.
- Acho que até o meu porteiro te ouviu, amiga. – ri, ela me acompanhou, e Danny continuava olhando para o aparelho em minhas mãos assustado.
- Ela não vai sair daqui e te bater não, Danny, fica tranqüilo.
- Uh – Lari comemorou do outro lado da linha, eu imaginei perfeitamente ela fazendo uma dancinha louca. – vou contar para o Tom que o Jones tem medo de mim.
- Ok, amiga. – suspirei. – liga depois, quero falar com o Tom também. Ele que não esteja com os dois olhos bem grudados em você.
- Ué, não entendi. – uhn, e depois ela diz que o Danny que é lerdo.
- Ow, sua lerda, - ela soltou um muxoxo descontente. – do jeito que você é, vai acabar fazendo alguma maluquice ai em Londres. – ri alto.
- Muita engraçadinha, dona Raíra. – ela devia estar me dando língua, aposto.
- É sério – continuei rindo. – espero encontrar o Big Ben, a London Eye e o Madame Tussaud quando eu voltar. – Danny gargalhou.
- Ah, o Tom não ta aqui para me defender agora – a voz dela era tristonha. – vou ligar de novo quando ele voltar, aí você e o Danny vão ver.
- ‘Ta legal, amiga. Beijos. – sorri.
- Beijos, beijos, amiga! – ela riu. Desligou. Também desliguei.

Larguei o celular na mesinha de vidro, que não estava muito longe, é claro. Não ‘to a fim de levantar do sofá, não mesmo.

- Ai, que droga. – praguejei baixinho, essa droga de catapora me irritando. Não vou coçar, não vou coçar. Eu repetia mentalmente.
- Vem cá. – Danny sentou ao meu lado e segurou minhas mãos. Ei, eu preciso delas para me coçar. Disse-lhe mentalmente.

Ele levou minhas mãos até sua cabeça. Ai, eu adorava aqueles seus cabelos macios. E começou a usá-las para afagá-los. Adoro essa sensação.

- É melhor do que coçar a catapora, não é? – ele sorriu maroto. Balancei a cabeça dizendo que sim. Eu chegava a desacreditar que existisse uma pessoa tão fofa quanto ele.
E a Lari preocupada que ele não fosse cuidar de mim. Sorri.

[...]

- Quem quer chocolate quente? – Danny voltou para a sala com uma bandeja e duas xícaras.
- Eu, eu, eu! – comemorei sentada. Adoro chocolate quente.
- Miss. – ela me entregou uma das xícaras.
- Oh, thanks. – agradeci lhe lançando uma piscadela.

Sentei com as pernas dobradas, deixando um espaço para Danny sentar ao meu lado.
Tomamos nosso chocolate em silêncio, até que eu comecei a rir descontroladamente.

- O que foi? – Danny perguntou confuso. Comecei a rir mais ainda. – Você está me assustando.
- Desculpa. – controlei o riso, cheguei um pouco mais perto de seu rosto. – Era só isso. – limpei o bigodinho de chocolate em seu rosto. Ownt, ele estava uma gracinha com aquele rostinho confuso de bigodinho.
- Então, ta. – ele se aproximou do meu rosto e virou a xícara fazendo um bigode em mim também.
- Como estou? – fiz uma pose segurando a xícara. Eu devia estar ridícula com aquele bigode, mas tudo bem, ninguém está vendo mesmo. Só o Danny.
- Uma gracinha. – ele elogiou e tirou uma foto com seu celular.
- Ei, não vale! – protestei, tentei em vão arrancar o celular de suas mãos. Mas eu consegui? Claro que não. – Apaga isso, Danny. – pedi.
- Hum-hum. – ele fez que não com a cabeça.
- Chato. – cruzei os braços, e lhe dei língua.
- Linda. – ele largou sua xícara, e ficou me abraçando. Ele me desarma fácil fazendo isso.

[...]

- Lava, lava, lava. Lava, lava, lava. Uma orelha, uma orelha. Outra orelha, outra orelha. – eu cantarolava tomando banho.
- Quer ajuda aí? – ouvi a voz de Danny do lado de fora do banheiro.
- Não! – respondi brincalhona. – Seu tarado!
- Posso só deixar a sua roupa aí dentro? – perguntou. Hum...
- Tudo bem. – dei de ombros. Continuei dançando e cantando.
- Posso me juntar à festa? – Danny afastou a cortina do Box e deu um sorriso danado.
- Não! – respondi o expulsando. – Sai daqui, Danny.
- Malvada. – ele saiu do banheiro rindo. Palhaço. Ri e terminei o banho.

Coloquei minha roupa íntima e comecei a vestir o pijama.
Até que a catapora estava melhorando, não estava coçando tanto quanto antes.

- Ta-dam! – entrei palhaça no quarto. Danny estava tirando a camisa. Opa, eu sempre chego nas melhores horas.
- Adoro esse pijama. – ele elogiou.
- Gosto mais do de vaquinhas – pensei alto. – mas também gosto desse azul com nuvens. – sorri e me joguei na cama.
- Só falta uma coisa. – ele sorriu maroto e procurou alguma coisa dentro de sua gaveta.
- Ownt! – meus olhos brilharam de excitação. – Pantufas! – pulei para fora da cama. Nem parece que eu estou doente, né? – Suas pantufas de macaco. – lembrei.
- Uhum. – ele vestiu uma camiseta mais folgada para dormir, e trocou a calça jeans por uma calça de moletom.
- Te amo, meu lerdinho. – cobri seu rosto de beijos. Ele merecia.
- Também te amo, minha pequena doida. – ele me abraçou, me levou para a cama.

Deitados e ficamos conversando sobre qualquer bobagem. Minha cabeça aninhada em seu peito, enquanto ele fazia um gostoso cafuné. Meus olhos fechavam sem muito esforço.
Danny depositou um beijo em minha cabeça e desligou o abajur. Olhei de relance para o teto e vi estrelas, luas e um único sol.

- I’m just following the road, through a walk in the sun

Escutei a voz de Danny cantarolar, minha mente já distante, rumo ao país dos sonhos. Onde Danny e eu vivemos felizes para sempre caminhando sobre o sol.
 

Meteoro

Song-fic feita ano passado para o aniversário da minha maninha Marjory.
te amo <3




Te dei o sol, te dei o mar
Pra ganhar seu coração
Você é raio de saudade
Meteoro da paixão
Explosão de sentimentos
Que eu não pude acreditar
Ah! Como amar é bom poder te amar

Um casal a beira da praia. Sentados na areia, olhando o por do sol. A cabeça da jovem apoiada ao ombro do rapaz. Olharam-se brevemente e sorriram. Trocaram um selinho rápido e voltaram a admirar aquela bela apresentação da natureza.

Depois que eu te conheci fui mais feliz
Você é exatamente o que eu sempre quis
Ela se encaixa perfeitamente em mim
O nosso quebra-cabeça teve fim

Flashes rápidos invadiram a mente do garoto. Lembrava-se da primeira vez em que a havia visto. Uma garota tímida e calada, não falava com quase ninguém. Deveria ter o que, uns 12 anos de idade.

Se for sonho não me acorde
Eu preciso flutuar
Pois só quem sonha
Consegue alcançar

Lembrou de um momento quando tinha apenas 13 anos. Um trabalho em grupo, já no meio do ano. Lembrava-se exatamente de como ela estava vestida. Linda como sempre. Conversaram a tarde inteira, e parte da noite, depois daquele dia, tornaram-se inseparáveis.

Te dei o sol, te dei o mar
Pra ganhar seu coração
Você é raio de saudade
Meteoro da paixão
Explosão de sentimentos
Que eu não pude acreditar
Ah! Como é bom poder te amar

A garota admirava atentamente ao fim de tarde. O sol se pondo no horizonte causava-lhe um leve arrepio, ou seria por estar na companhia dele? Aquele que amaria para sempre? Sentia algo dentro de si, um sentimento, uma emoção... Era muito difícil de explicar, era mais fácil sentir do que compreender.

Depois que eu te conheci fui mais feliz
Você é exatamente o que eu sempre quis
Ele se encaixa perfeitamente em mim
O nosso quebra-cabeça teve fim

Naquele ano, o ano em que se conheceram, ela ainda não sabia, mas encontrara um companheiro para toda a vida. Só um ano depois é que descobrira o quão maravilhoso e especial aquele garoto era. Primeiro amigos, depois algo mais. Nunca se esqueceria da primeira vez em que o beijou.

Se for sonho não me acorde
Eu preciso flutuar
Pois só quem sonha
Consegue alcançar

O primeiro beijo aconteceu de forma especial. Ambos falavam baboseiras e riam disso. O clima estava muito divertido, até que... Aconteceu. O esperado beijo saiu, e nenhum deles se arrependia disso, estavam cientes de que algo já pintava, e esse beijo só confirmou suas “teorias”.

Te dei o sol, te dei o mar
Pra ganhar seu coração
Você é raio de saudade
Meteoro da paixão
Explosão de sentimentos
Que eu não pude acreditar
Ah! Como é bom poder te amar

A menina sorriu meiga para o garoto ao seu lado. Ele também sorriu e novos flashes surgiram, era como se seus momentos mais felizes ao lado daquela garota passassem em sua mente, como em um filme, ou algo do tipo.

Tão veloz quanto à luz
Pelo universo eu viajei
Vem me guia me conduz
Que pra sempre te amarei...

- Eu tava pensando...
- No que?
- Desde que eu te conheci, conheci de verdade, eu sabia que nós íamos ficar juntos.
- Como você sabia?
- Não sei. Eu só sabia.

Te dei o sol, te dei o mar
Pra ganhar seu coração
Você é raio de saudade
Meteoro da paixão
Explosão de sentimentos
Que eu não pude acreditar
Ah! Como é bom poder te amar

- Sabe o que acabei de pensar? E de certo modo, comparar?
- O que? Estou curiosa para saber.
- Seus cabelos lembram-se me o sol. Seus olhos lembram-me o mar.

Te dei o sol, te dei o mar
Pra ganhar seu coração
Você é raio de saudade
Meteoro da paixão
Explosão de sentimentos
Que eu não pude acreditar
Ah! Como é bom poder te amar
Ah! Como é bom poder te amar

Olhares intensos.

- Te amo.
- Você é a razão da minha felicidade.

Beijos calorosos.

- Meu coração é seu.
- Você é a luz do meu céu.


Essas últimas frases... Qualquer relação com Crepúsculo, ignore. Rsrsrsrs.

Born to be my baby


Ao som da voz do meu cantor favorito eu dançava na cozinha fazendo o café da manhã. Não me surpreendi ao sentir duas mãos segurando minha cintura, e lábios tocarem minha nuca.

- Bom dia. – sussurrou com a voz ainda sonolenta.
- Oi. – respondi igualmente baixo. Aproveitei o calor que emanava de nossos corpos e que até hoje causava arrepios em mim.

[...]

Sentados no sofá, eu revirava seus curtos cabelos, em um cafuné desajeitado.
O filme que passava era tão desnecessário para mim quanto às palavras quando estávamos juntos. Não precisávamos disso. Só de estarmos juntos já era tudo!

[...]

Quando o vi pela primeira vez, no fundo, eu sabia que não era por acaso. Nossos olhares se cruzaram de forma tão intensa que recuei alguns passos para trás, tão vidrada e fora de mim que eu estava. Algo naquele garoto, aparentemente, comum e sem nenhum atrativo, havia me intrigado profundamente. Ainda bem que segui meus sentidos e não me afastei, pelo contrário, me aproximei o máximo que pude. E estamos juntos até hoje.

[...]

Abri a porta do quarto o mais silenciosamente que pude, encontrei-o dormindo tranquilamente, a expressão mais pura e angelical em seu rosto.
Eu me perguntava esporadicamente se merecia tamanho presente dos céus, sim, ele era o maior presente que eu poderia receber em toda minha vida.
Aproximei-me silenciosamente de meu anjinho, e me deitei ao seu lado, caindo no mais profundo sono em questão de segundos.

[...]

Lembro-me bem de nossa primeira briga, sim, até pessoas como nós brigamos de vez em quando, e fora por uma bobagem.
Eu jurei que nunca mais o procuraria, ele fez o mesmo. Mas acabamos voltando atrás, como sempre. Não suportávamos a idéia de ficar longe um do outro, e acabamos por prometer nunca mais brigar, o que não foi cumprido, é claro.
                                                          
[...]

Um dos momentos mais difíceis pra mim foi a perda dos meus pais. Eles eram tudo pra mim: minha fortaleza, meus alicerces, minha vida. E não tê-los mais comigo foi muito chocante. E novamente, ele estava lá ao meu lado, me dando força e cuidando.

[...]

Voltando a momentos felizes, algo que sempre gostei era a maneira como acordávamos todos os dias. Era única e especial, eu me sentia nas nuvens, e a mulher mais sortuda do mundo.

[...]

Algo que nunca parei para pensar (jamais quis sequer supor) era como seria quando um de nós partisse. Eu não gostaria de ir primeiro, e também não gostaria de abandoná-lo sozinho. Então, seria mais do que perfeito se partíssemos juntos, de mãos dadas para a eternidade. E Deus atendeu minhas preces novamente.
Morrer sempre foi um dos meus grandes medos, mas estando ao lado dele eu não teria porque temer nada, e foi assim em nosso último dia juntos em terra. Eu não time medo, estava segura de mim. E qual não seria minha surpresa se soubesse que morremos ao mesmo tempo, lado a lado num quarto de hospital. Fechando os olhos para a escuridão.

[...]

Dois corações, batendo uniformes.

Duas almas, tornando-se uma só.

Segundos incessantes de pura agonia.

Para enfim, a plenitude.

Love ya (2)



O calor da tarde nos deixava sem vontade alguma de levantar, mais um motivo para ficar com a minha namorada perfeita.
Não tínhamos nada de interessante para fazer, então, deitamos no chão da sala e ficamos apenas curtindo a companhia um do outro, hora ou outra conversando alguma banalidade, mas no momento estávamos em silêncio, comigo afagando seus cabelos longos que se espalhavam pelo piso de madeira.

- Tom, posso te fazer uma pergunta? - Larissa me pegou de surpresa, enquanto meus pensamentos estavam mais pra lá do que pra cá, eu estava quase dormindo.
- Claro. - respondi de pronto.
- Você me ama?

Por um segundo parei de afagar seus cabelos e analisei a pergunta.

- Claro que amo. Amo muito. Por que essa pergunta, Larissa? - eu estava realmente intrigado com aquilo. Será que eu não demonstrava o bastante que a amava e por isso deixei-a insegura? Mesmo assim, não fazia sentido algum.
- Eu não sei. - ela ergueu-se e sentou de uma forma que pudesse abraçar suas pernas. - Só queria saber se você me amava.
- Eu dou algum motivo para você duvidar do meu amor?
- Não! Claro que não. - ela bufou impaciente. - Eu não devia ter dito aquilo, foi uma pergunta idiota.
- Não, não foi uma pergunta idiota - argumentei. - Você perguntou e eu respondi, mas estou confuso. - cocei a orelha.
- Esquece o que eu disse. - ficamos em silêncio.
- E você, me ama? - eu estava com uma leve insegurança, mas ela não precisava saber.
- Amo demais. - seus olhos expressivos me analisavam. - Você nem imagina o quanto. - sorriu.
- Não consigo imaginar minha vida sem você. - declarei.
- E a minha então? Não haveria sentido algum sem você. - suas pequenas mãos entrelaçaram-se as minhas e ficamos parados as observando.
- Desculpe, - murmurou. - foi a coisa mais idiota que eu já disse. E olha que eu já falei muita besteira.
- Não precisa se desculpar, amor. - sorri de forma sincera, eu sabia que aquele meu sorriso a faria sorrir também.
- Eu te amo. Muito, muito, muito, muito... - ela sorriu e começou a distribuir beijinhos em toda a extensão do meu rosto.