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terça-feira, 20 de setembro de 2011


O vento traz até mim o cheiro de seus cabelos.
Minhas mãos anseiam por passear entre eles.
Seus doces lábios sussurram meu nome.
Seus olhos reafirmam que me deseja e não se arrepende disso.
Suas mãos quentes e gentis contornam minha cintura. Ah! que saudade.
Sua pele quente e macia em contato com minha.
Meu maior desejo é tornar tudo isso realidade novamente.
O meu único e impossível desejo.

Postagem na calada da noite :X

Boa noite pessoal ^-^
Ah, a época de provas acabou. Talvez eu tenha mais liberdade para escrever agora, sem aquela pressão de "tenho que estudar, estudar, estudar". E talvez saiam coisas boas da minha cabeça xD
Vamos torcer! (yn)

domingo, 18 de setembro de 2011

Silly Rhyme


O mistério está incrustado em seus olhos,
assim como o jeito tão diferente de pensar
e analisar as coisas.
Não sei como isto foi acontecer
Mas, é! Estou amando você.

Out Of My Life


Tom Fletcher, nunca mais quero escutar esse nome. Nome que um dia fora o meu favorito.

- Ele me magoou muito, Kyra, nunca mais quero olhar na cara daquele...

Eu estava na casa de Raíra, ou Kyra, para os mais chegados; ela era minha melhor amiga desde a 6ª série, crescemos praticamente juntas, divindo as alegrias, tristezas, bebedeiras e seja mais lá o que pudéssemos partilhar. Eu não escondia nada dela, e nem ela de mim, éramos assim, como...

- Irmã, não fala isso, você o ama, eu sei.

Humpf. Cruzei os braços, deixando a curta franja cair sob meus olhos, eu sempre fazia isso quando estava emburrada.

- Nem adianta fazer essa cara que não vai me convencer. - aff, odeio quando ela tem razão. - Vai atrás dele, conversa, uma hora isso vai ter que acontecer.

Mas não precisa ser agora! - Gritei em pensamento, e ela adivinhou.

- Não precisa ser agora, eu sei, mas cedo ou tarde vocês vão se encontrar e vão ter que conversar.
- Odeio quando você está certa.
- Eu sei. Sou demais. - abriu um mega sorriso. Nada convencida.
- Metida! - joguei-lhe uma almofada, que foi revidada, desencadeando uma guerra de almofadas. Isso me lembra nossa pré adolescencia, fazíamos isso quase todas as noites.

[...]

- Amiga, ta dormindo? - chamei Kyra no meio da noite.
- Tô. - ela respondeu com a voz arrastada.
- Não ta não. - ri contradizendo-a, onde já se viu falar dormindo? Ok, isso é possível, se ela fosse sonâmbula, mas ela ta me ouvindo, e não ta dormindo. Tenho certeza disso.
- O que você quer, Lari? - perguntou mal humorada, ela odeia quando interompem seu soninho.
- No que você acha que ele ta pensando agora?
- Ah, fala sério! Você me acordou pra perguntar isso? Ligue pra ele, e pergunte você mesma! - virou na cama e ficou de costas para mim. Malvada!

Será que eu devo mesmo ligar? Ah, claro que não! Eu ainda estou chateada com ele. Aliás, eu não devia nem mesmo estar pensando nele, mas...
Ai esse amor incrustado que não sai do meu peito. Por que eu tinha de amá-lo tanto assim? É mais difícil esquecer quando se ama de verdade, mas eu tenho que tirá-lo de vez da cabeça, do coração e da minha vida. É. Tom Fletcher, prepare-se para sumir da minha vida de uma vez por todas.

Levantei da cama de solteira no quarto de Kyra, com um olhar mortífero e sai de lá. Nem troquei de roupa, fui de pijama mesmo até a casa do traste.
Toquei a campainha, uma, duas, três, quatro vezes! Quando estava me preparando para tocá-la mais uma vez, um Tom Fletcher de cara amassada, calça moletom e sem camisa abriu a porta. Levou um baita susto ao me ver, coçando ainda mais os olhos.

- Isso é uma alucinação. - disse a si mesmo, fechou a porta. Hã? Toquei a campainha mais uma vez, ele abriu.
- Não sou alucinação. - disse com vêemencia. - Vai me deixar entrar ou vamos ter que conversar aqui fora no frio?
- Lari? - desta vez sua voz parecia de uma pessoa mais acordada. - O que ta fazendo aqui essa hora? - deu espaço para que eu pudesse entrar.
- Precisamos conversar. - sentei sem cerimônia no magnífico sofá da senhora Fletcher, ela e seu marido estavam viajando, portanto, Thomas estava sozinho em casa.
- Não podia esperar até amanhecer? - consultou o relógio vendo que não passava das duas da manhã. - E você veio de pijama? - encarou meu singelo conjunto (calça e camiseta) azul.
- Não se esqueça do hobby e das pantufas. - lembrei. Ele abafou um riso. Sentou na poltrona paralela ao sofá.
- Então, o que você quer conversar?
- Não é óbvio? - fez que não com a cabeça. - Vim pedir para que nunca mais me dirija a palavra, senhor Fletcher. - balançou a cabeça. - Fiquei muito magoada com o que fez hoje, e decidi que nunca mais quero falar, olhar ou beijá-lo novamente. - balançou a cabeça novamente, ponderando.

Ficamos em silêncio por quase cinco minutos. Será que ele ficou tão arrasado que ainda não associou o que eu disse?

- Não vai falar nada?
- Você disse que eu nunca mais poderia lhe dirigir a palavra. Opa! Falei. - riu estrondasamente. Não consegui segurar o riso e lhe acompanhei.
- Bocó. - ele levantou da poltrona do senhor Fletcher e sentou ao meu lado no sofá. - Mas não pense que te perdoei.
- Lari, quantas vezes vou ter que explicar que tudo foi um mal entendido? E eu tenho culpa que a prima do Danny não entendeu que você era minha namorada?
- Mas ela te agarrou, Thomas! E você não fez nada! - retruquei chorosa. Poxa, imagine como seria encontrar uma vadia pendurada no pescoço do seu namorado? Eu pirei!
- O que eu poderia fazer? Ela era bem forte. - dei de ombros. - E se quer saber, eu não retribui o beijo, só esperei que ela terminasse com aquela palhaçada. - hum, sei não... - Desculpa, vai. Juro que nunca mais vou em uma festa onde ela esteja. - riu.
- É bom estar falando sério senhor Thomas Michael Fletcher. - cruzei os braços e ele me abraçou, beijando meu pescoço. Covardia.
- Pedoa-me? - fez voz de cãozinho sem dono. E voltou a repetir, a cada vez, beijando um ponto vulnerável do meu corpo. Muita covardia.
- Ok. Ok. - ele parou e me olhou. - Eu te perdoo. - sorriu. - Mas nunca mais quero ver a vaca da prima do Danny.
- Tudo bem, conheço uns caras da mafia. Vou passar as informações. - coçou o queixo.
- Tom! - repreendi, para depois cairmos na gargalhada. - Seu bobo! - beijei a ponta de seu nariz.
- Hm, Lari, já que é alta madrugada, e meus pais não estão em casa... - fez cara de anjo. - Dorme aqui?
- Hm. - finji pensar. - Claro que sim! - pulei em seu colo, enquanto ele me carregava até o andar de cima. Deitamos em sua cama, e ficamos conversando até o sono chegar.
E não é que era mais difícil do que eu pensava tirar esse Tom Fletcher da minha vida?

[n.a./ a história que começou como um drama, se tornou comédia e terminou em romance. fato, não consigo brigar com o tom. *-*]

No puedo más vivir sin ti ♫

Bom dia pessoinhas!
ei pessoinha, ei pessoinha, ei pessoinha, ei ei ei ei
(Eu, a patroa e as crianças feelings)


Ok, como vocês puderam notar pelo título da postagem, hoje acordei ouvindo "Madri" do Fernando e Sorocaba. Me encantei com essa música, é tão legal *---*

Hoje vão ter muitos post dessa aqui que vos fala, posts alegres e tristes, ou só alegres, ou só tristes... Ou sei lá :S
pessoa indecisa

sábado, 17 de setembro de 2011

Suddenly


De repente as coisas mudam.
De repente as coisas acontecem.
De repente não sou mais a mesma.
De repente não amo mais você.

I give you my heart


Eu te dei meu coração,
E você o tratou como algo qualquer.
Não cuidou, magoou, entristeceu.
E assim me sinto agora:
Maltratada, magoada e entristecida.

The last dance


Queria dançar a última música de um jeito doce e especial. Não sendo esquecida pelos presentes por bastante tempo.
Beijar seus doces lábios, tornando o momento ainda mais especial.
Queria que nossa última dança jamais fosse esquecida.
Minha cabeça em seu ombro, suas mãos em meus quadris, ninguém mais além de nós.
Juras e promessas de amor na escuridão, sendo sussurradas.
Queria sentir o gostinho de poder te amar para sempre e sempre.

Dear Santa,


posso não ter sido a garota mais esperta, nem a mais humilde, ou a mais atenciosa com as pessoas, mas espero ainda ter um lugar especial na sua lista. Sei que o meu pedido é totalmente impossível, improvável e insano (nunca usei essa palavra em uma frase), sei também que muitas outras pessoas fizeram o mesmo pedido que eu, e são muito mais merecedoras, e como a peça é única só uma delas terá o natal mais incrível de todos.
Não é certo fazer um pedido desses, mas... whatever.

All I want this x-mas is the... Tom Fletcher.

xoxo
Larissa C.S.
fifteen years old.
SSA-BA-BR

Missing You



Sinto tanto a sua falta.
Certos dias eu ainda me pego chorando ao lembrar de você.
Das nossas conversas, dos nossos risos, dos nossos segredos, absolutamente tudo.
Quando você tocava ou cantava para mim, dizendo que eu era a única que gostava de ouvir.
Quando você me mandava seus textos e eu ficava maravilhada com o que lia.
Quando eu passei a te conhecer melhor e disse para mim mesma: é possível que alguém assim exista?
Até hoje eu me pergunto se você foi real ou se não foi apenas uma bela fantasia minha.
Você transformou totalmente a minha vida, adicionando o que eu mais precisava: um amigo.
Ou até mais que um amigo: um irmão, meu irmão.
Eu sinto tanto, tanto a sua falta.

Espero permanecer desta vez ...

Ok, sou a dona de blog mais relapsa do mundo.
Não tenho muito o que me explicar, só que o SESI ocupa boa parte do meu tempo e a inspiração me abandona às vezes. Sendo assim, como ela vai e volta quando bem quer, resolveu voltar essa semana (a inspiração, tá) e por isso vim postar algumas coisinhas que andei escrevendo.
Dessa vez eu juro que será mais de um texto ;)

E que venham os posts!

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Rainy Day


O que pode acontecer em um dia de chuva?
Para uns, extrema chatisse e tédio absoluto, para outros, uma oportunidade de se divertir e por um intante, voltar a ser criança.


Terminei de escrever nas páginas coloridas de meu diário, e o fechei, tomando extremo cuidado em não amassar folha alguma.
Eu sei, eu sei, pode parecer a maior bobeira do mundo, mas eu gosto de escrever em diários, ou no caso, um caderno que chamo de diário. Rsrsrs. Fico mais relax, a tensão de esvai fácil, fácil. Mas falando do que me levou a escrever isso... Está chovendo! E isso desde que eu acordei, o que não faz muito tempo. Adoro manhãs chuvosas, são tão... Calmas. E o cheiro de terra molhada? Hum, adoro, me deixa intimamente contente.
Levantei da cama e guardei o caderno diário com cuidado na estante. Liguei o som e Taylor Swift ecoou pelo quarto verde. Adoro verde. Peguei uma roupa mais despojada no guarda roupa e fui para o banheiro.
Tomei meu banho toda serelepe e cantante, eu era a felicidade escarrada.
Descendo as escadas e explorando da sala à cozinha, cheguei a conclusão de que estava sozinha em casa. Uau. Que incrível.
Desculpem a ironia, mas é que meu humor costuma mudar quando estou fora do meu quarto.
Preparei deliciosos waffles, modestia a parte, e bebi chocolate quente com mashmallows. Ok, nem estava tão frio assim, mas eu gostava desse clima, desse ar...

Depois do meio dia, as coisas já não estavam mais como antes, quem diria que o sol apareceria hein?
Entediada, peguei o notebook e liguei a internet, não demorou muito para uma janelinha amiga preencher minha tela, cobrindo a imagem de uma constelação no plano de fundo.

"Olá."
Disse o ser amigo e que, talvez, fizesse meu tédio terminar.

"Oioi. E aí?"
Respondi começando a me animar.

"Tudo beleza. Gata, tenho que sair rapidinho. Depois falo com você."
E fim da conversa, o ser que aparentemente era amigo teve que vazar e me deixar na solidão eterna.

Desculpem o drama, é que odeio conversas curtas. E nesse momento preciso de alguém! Alguém para conversar e falar bobagem!
Opa, mais uma janelinha, mas não é ninguém falando comigo. Ah, é só aquele garoto novo da minha turma. Nunca falei com ele. Nossa, péssima anfitriã, Larissa. Vou falar com ele, vai que ele é simpático?

"Oi."
Fiquei apreensiva pela resposta. Será que ele lembra de mim?

"Oi... Você é Larissa, da minha sala."
Não era uma pergunta.

"Sou eu sim. Oba, alguém lembra de mim."
Sorri inconciente. To começando a gostar dele.

"Claro que lembro. Você vive rodeada de amigos. Todos parecem gostar de você."
Ownt, como ele é fofo.

"É, eu gosto de todo mundo. Ah, e desculpe po não ter falado com você até hoje. #Péssimanfitriã."
Senti um pouco de vergonha mesmo por nunca ter ao menos conversado com o garoto.

"Não tem porque se desculpar."
Hum.
"Você está falando agora, está perdoada. Rsrsrsrsrs."

"Rsrsrsrsrs. Que bom, estou perdoada."
Ele é bem legal.
"Mas aindo preciso me redimir comigo mesma por não ter falado com você antes."
"Alguma ideia?"

"Pra falar a verdade, tenho sim."
O que será?
"Topa sair comigo? Só para nos conhecermos melhor, você parece ser uma garota bem legal."
Ownt, ele me acha legal. Fiz uma carinha fofa.

"Opa, topo tudo!"
Acho que me animei demais.
"Mas sim, qual a sua ideia? Preciso mesmo sair de casa..."
É verdade.

"Não conheço muita coisa por aqui ainda, então... Me encontra naquela praça perto do colégio?

"Claro, não é muito longe da minha casa. Nos encontramos lá em..."
Melhor olhar no relógio e estipular um tempo para eu me arrumar.

"Meia hora. Combinado?"

"Combinado :D"
Legal, tenho exatos 30 minutos para escolher uma roupa, tomar outro banho e andar três quarteirões. Beleza, acho que dá.

Desliguei a internet e parti em busca de uma roupa legal. Dizem que a primeira impressão é a que fica não é? Pois bem, eu estava a fim de desfazer aquela que ele viu na classe, hoje seria uma nova Larissa... Digo, a Larissa de sempre, mas uma nova aos olhos dele, já que eu devo ter sido muito mal educada na primeira vez, sabe, não falando com ele. Péssima anfitriã.
Escolhi um simples vestido floral, estava sol não é?
Tomei um bom banho, e penteei os cabelos.
Pronta em... 20 minutos. Uau, seria um novo recorde? Rsrsrs.
Deixei um bilhete em cima da mesinha de vidro da sala, avisando que eu havia saído com um amigo. Não era necessário, mas...
Eu sabia muito bem que voltaria antes de alguém chegar em casa.
Ah, antes de sair... Meu iphone!
Agora sim. Fones no ouvido, e lá vou toda serelepe e cantante, que nem quando acordei.

Não demorei muito para chegar até a pracinha, só uns 7 minutos. Bom, acho que ele ainda não chegou, não vejo ning...

- Oi. - um garoto disse sorridente às minhas costas, ainda pega de surpresa sorri sem jeito.
- Oi... - ri. - Pensei que tivesse chegado antes de você. - comentei.
- Cheguei há cinco minutos. - riu. Ele tem um sorriso bonito. - Típico defeito britânico.
- Vocês são bastante pontuais. - pensei alto.
- Já eu chego bem antes do combinado. Terrível. - fez careta.
- Ah, nem tanto. - opinei. - Mas então. Larissa. - sorri e estendi a mão.
- Thomas. - apertou minha mão, e se aproximou beijando minha bochecha. Cavalheiro. Educado.
- Onde vamos? O que faremos? - perguntei ignorando a leve vermelhidão em meu rosto.
- Não conheço muita coisa. - coçou a nuca. - Pensei que você pudesse propor o intinerário.
- Ok. - coloquei a mão no queixo, pensando profundamente. O que mostrar a um novato?

Hm, a única coisa coerente e divertida que me vem a cabeça, é...

- Eu conheço uma sorveteria que não é muito longe daqui, o que acha? - perguntei com um sorriso que dificilmente ele diria não.
- Ótimo. - aceitou.

Não paramos de conversar um minuto. Thomas era muito divertido, e inteligente. 70% do tempo eu passei rindo das bobeiras que ele dizia, nos demos muito bem. E as pessoas dizendo que os britânicos não tem senso de humor... Baita mentira.
Quando saímos da sorveteria ainda era cedo, talvez 16h. O sol ainda brilhava no céu, e eu queria muito que o dia terminasse com uma chuva daquelas, mas ok, só comece a chover quando eu já estiver na monotonia da minha casa e não com o Thomas.
Ô boca.

- Chuva. - Thomas sibiliu ao sentir os primeiros pingos caindo.
- Mas ainda está sol. - pensei alto.
- Chuva de verão. - riu. - Sol e chuva...
- Ok, alguma viúva está casando agora. - Thomas riu muito, acho que ele nunca havia escutado aquele ditado. - Sabe, eu sempre tive vontade de fazer alguma doidera na chuva.
- Somos dois. - uau, quantas coisas mais temos em comum? - Me concede? - fez uma reverência e estendeu a mão.
- Mas... - não pude responder, ele já me puxava para dançar em meio a chuva. - Tom, você é doido. - falei rindo e me divertindo.

Pareciamos dois... Ah, sei lá, na chuva. Rindo, rodando e "dançando". Nunca me diverti tanto.
Meu cabelo e o de Thomas estavam colados ao rosto, não muito diferente de nossas roupas. Mas não estavamos ligando muito para isso.

- O que vai dizer quando chegar em casa? - Tom perguntou sorrindo um pouco culpado, afinal, a ideia havia sido em maior parte dele.
- Nada. - dei de ombros. - São quase nulas as chances de alguém ter chegado em casa antes de mim. E você, o que vai dizer?
- Que tive um dos dias mais incríveis da minha vida. - seu sorriso era lindo, e mesmo enxarcado daquele jeito, ainda estava impecável.
- Que bom, se eu tivesse para quem falar, diria o mesmo.
- Oras, eu estou aqui, então pode falar. - bobo.
- Bobo. - empurrei-lhe de leve. - Então ta. Eu tive o melhor dia da minha vida. - sorri. - Pronto. Falei.

Tom ficou calado, mas não conseguia dirfarçar aquele sorriso no canto dos lábios, nem parar de me olhar rápido a todo instante.
Eu nem havia me dado conta, mas caminhávamos em direção a minha casa, e eu nem sei se ele saberia como voltar para a dele.

- Estamos indo pra minha casa. - disse sem pensar realmente no que tinha dito.
- Nem tinha percebido. - ele riu.
- Sabe como voltar para a sua? - perguntei preocupada. Imagina se ele esquece...
- Claro que sim. Mas seria falta de educação minha te deixar voltar sozinha. - sempre gentleman.
- Muito cavalheiro. - elogiei. - E educado.
- Obrigado. - agradeceu vermelho.

Sem nos darmos conta em pouco tempo já estavamos em frente a minha casa.

- Gostei muito de hoje. - Thomas sorriu segurando minhas mãos.
- Eu também. - respondi, sentindo leves arrepios. O tempo começava a esfriar.
- É melhor se trocar, antes que pegue um resfriado. - aconselhou vendo meus braços arrepiados.
- Digo o mesmo. - apontei para seus dedos, e depois para ele mesmo que começava a tremer de frio. - Vem. - o puxei para dentro da casa.
- Lari, eu não...
- Acha certo, eu sei. - interrompi já sabendo o que ele ia dizer. - Mas também não é certo te deixar com frio.

Nada que ele dissesse ia me fazer mudar de ideia.
Não o deixei escolhas a não ser me acompanhar. Levei-o o até o banheiro, e fui a procura de uma toalha e roupas secas. O último, com certeza encontraria no quarto do meu irmão. Dito e certo, peguei roupas limpas, e ainda encontrei um bilhete:

Vou dormir na casa do Reid, volto na segunda.


Hm, eu ainda me perguntava o porque dele não se mudar de vez para a casa do Reid, vivia mais lá do que aqui, se duvidar, deve até chamar a sra. Michel de mãe, e a Rebecca de irmãzinha.
Dei de ombros e fui até o armário do corredor pegar uma toalha.

- Posso entrar? - bati duas vezes na porta do banheiro antes de entrar.

Ótimo, Tom estava dentro do box tomando seu banho, deixei a toalha e as roupas.

- Vou estar no meu quarto, suba as escadas e não tem como errar. - avisei e sai. Agora seria a minha vez de tomar um banho.

Escolhi roupas folgadas e quentinhas, eu não sairia depois dali mesmo, e torcia para que chovesse... Quando Tom já estivesse em casa, é claro.
Entrei no banheiro, e comecei a tomar meu banho, sem ao menos me dar conta de que começava a cantar animadamente.

SINGIN'
She's a good girl, loves her mama
Loves Jesus and America too
(Free Fallin')


Saindo do banheiro, com cabelos molhados e roupa trocada, Thomas me olhava com com um sorriso diferente em seus lábios. Arqueei as sobrancelhas, o que ele estaria pensando?

- Você canta bem. - oh no. Fechei os olhos e fiz uma careta. Ele me ouviu.
- Você ouviu. - sentei na cama e joguei a toalha em meu colo. - Não devia ter feito isso.
- Não pude ignorar. E você mesma disse para te esperar aqui. - espertinho.

Pensei bastante no que lhe responder, mas era fato, eu estava sem palavras. Apenas torci os lábios e olhei-o de olhos cerrados.

- Não faça essa carinha. - ele se aproximou e afagou minhas bochechas rosadas. Abaixou-se, ficando um pouco de joelhos no chão. Olhou-me como um cachorrinho caído do caminhão de mudança. - Agora eu tenho que ir embora.
- Eu sei. - respirei fundo. Não queria que ele fosse. Voltaria a ficar #foreveralone.

Levantei da cama, estiquei as mãos, pegando as dele, ajudando-o a levantar.

- Sigam-me os bons. - disse pouco animada. Eu não queria mesmo que ele fosse.

Descemos as escadas, passamos pela sala, e logo estávamos na porta.

- Tchau. - disse desanimada.
- Por favor, não fique assim. - ele acariciou meu rosto mais uma vez.
- Tentarei. - dei um sorrisinho pequeno.
- Nos vemos depois. - beijou minhas mãos. Acenou, e se foi.

Suspirei pesadamente e fechei a porta. Peguei o bilhete que havia deixado mais cedo na mesinha da sala, amassei e joguei no lixo.
Joguei-me de qualquer jeito no sofá e fechei os olhos. Só levantei quando meu estômago roncou de fome. Caminhei lentamente até a cozinha. Hm, o que comer? Abri os armários superiores e um pacotinho laranja me chamou a atenção.

- Miojo! - comemorei sozinha. Peguei o pacote, uma panela, enxi de água e coloquei no fogo. Ó rotina de sábado a noite.

Corri até a sala e liguei a televisão. Coloquei em um canal de clips, e minha alegria voltou.

Jantei assistindo um canal de músicas muito legal. Depois de lavar a louça fiquei novamente sem saber o que fazer. Mas Deus sempre faz algo para me animar. E não é que começou a chover? Fiquei observando a rua da janela da sala.

Pingos, pingos, pingos. Pingos de chuva.
Há algo melhor do que isso quando a saudade aperta?
Noite sem estrelas, dia sem sol, apenas a cor cinzenta e misteriosa.


Escrevi em mais uma página do meu caderninho mágico. Sim, eu gosto de escrever.
Coloquei meu manuscrito na mesa de cabeceira (preguiça de levantar da cama). Peguei meu notebook e coloquei na internet.

- Sim. - falei comigo mesma. Thomas estava online, e não demorou muito a vir falar comigo.

"Boa noite."
Sorri e esperei ele terminar de digitar a mensagem.
"Já olhou para o céu?"

"Sim. Na verdade, eu vi o momento exato em que começou a chover."

"Sortuda."
Ri.
"Fez alguma outra coisa interessante?"

"Comi miojo. Vi clips na tevê. Escrevi em um de meus cadernos. E agora estou falando com você."
Não esperei ele começar a responder e mandei a pergunta.
"E você? Conte-me tudo desde que me abandonou."

"Rsrsrsrsrs. Ok, vou contar tudo."
Oba. Comemorei.
"Cheguei em casa. Não tinha ninguém. Meus pais foram ao teatro com Eric e Vic. Fiquei deitado na cama pensando. E estou escrevendo músicas desde que cansei de ficar deitado pensando."

"Rsrsrsrsrs. Deitar e pensar é muito bom. Mas tem horas que cansamos de ficar deitados (?)."

"Rsrsrsrs. Exatamente."

"Não sabia que você escrevia músicas."
Gostei de saber disso.

"Nem eu que você escrevia algo em seus cadernos."

"Ah, eu escrevo coisas variadas. O que vier a minha mente."
Abri o player de música e coloquei uma de minhas favoritas Catching Snowflakes.
"E que tipo de músicas você escreve?"

"Sobre o que penso, sinto, faço, gostaria de fazer, pretendo fazer, nunca farei..."

"Entendi."
Sorri.
"Se não for pedir muito, gostaria de ver qualquer dia desses."

"Pode ser agora. Se você quiser."

"Sério? Eu adoraria."
Até sentei de um jeito mais comportadinho na cama.

Thomas deseja iniciar uma conversa por meio de áudio.


Aceitei e logo pude ouvir sua voz doce.

- Oi de novo. Não queria ser você, vai ter que me aturar bastante. Rsrsrs.

Peguei meu microfone na gaveta da cômoda e também falei.

- Não ligo de te aturar. Mas não me enrole, quero ver sua música.
- Tudo bem. Você que pediu. Vou pegar o violão.

Hã? Violão? Pensei que ele fosse me mandar um manuscrito, e não cantar. Que era o que estava parecendo.
Legal! Comemorei sozinha.

- Prontinho. Não grite, nem saia correndo. Vai ter que aguentar ser torturada.
- Ok. Prometo que não vou sair daqui.

Comecei a roer as unhas de tão ansiosa.

SINGIN'  

I never meant the things I said
To make you cry can I say I'm sorry?
(Too close for comfort)


A voz dele era tão bonita, e ele parecia se esforçar bastante para não cometer erros.
Thomas era um britânico sonho de qualquer garota. Ele não deve ser real. É isso, ele deve ter escapado da mente sonhadora de alguma menina.
Azar o dela, não vou devolver.

- Tom... Sua voz é incrível. E a sua música é muito linda. Gostei muito!
- Sério? Eu ainda não tinha mostrado para ninguém.
- Uau, fui a sortuda a escutar primeiro.
- Se você diz...
- Thomas? Chegamos. - uma outra voz surgiu.
- Minha mãe. - Tom informou. - O show acabou, pode agradecer aos céus por isso. - rimos. - Nos falamos amanhã?
- Claro. - sorri.
- Boa noite, escritora Larissa.
- Boa noite, rockstar Thomas. - ele riu.
- Rsrsrs, essa é boa. Tchau, durma bem.

Desconectou-se.

Depois de sua saída não vi mais motivos para permanecer online. Desliguei o notebook.
A preguiça de levantar era tanta que também coloquei-o na mesa de cabeceira.
Puxei as cobetas e me enrolei, estava fazendo um friozinho gostoso. Ainda chovia.
Fechei os olhos sorrindo. Sendo embalada pelo som da chuva caindo lá fora e a música de Tom que ainda rodopiava em minha cabeça.
Bons sonhos, Thomas.

I'm back!!!

Depois de muito tempo sem postar nada aqui, tomei vergonha na cara e decidi publicar mais textos meus *-*
Espero que gostem deles (:


xoxo.

domingo, 3 de abril de 2011

Selo de Qualidade


Ai, mais emocionada do que agora impossível!
Oioi moranguinhos (adoro morango, e chocolate)

Minha super amigs e mana, Carol, indicou o blog para esse selo que vocês tão vendo aí em cima (esse é o motivo da emoção), nunca recebi algo assim. To super orgulhosa mew *-----*

Como funciona: Primeiro, se posta o selo, depois responde-se as perguntas e por último o repassa para outros blogs que mereçam e ainda não têm.
 
Perguntinhas:

Nome: Larissa Cruz Santos. 
Uma música: The Way You Make Me Feel (McFly).
Humor: Alegrinha e animada.
Uma cor: Azul.
Estação: Inverno.
Como prefere viajar: De carro. Gosto de olhar a mudança de paisagem, com fones no ouvido, e viajar em meus pensamentos...
Um lugar: Londres, meu lugar favorito em todo o mundo.
Um filme: Across the Universe.
Um livro: Harry Potter (Serei uma eterna criança).
Um prazer: Ler e escrever (Ok, é mais de um, mas não consigo escolher entre os dois).
Um seriado: CSI. 
Time do coração: Bahia.
Frase mais dita: "Não entendi." (Sou lerdinha).
Porque tem um blog: Ah, porque eu quis postar meus textos, e queria que as pessoas fossem mais felizes se os lessem.
Sobre o que você escreve: Ah, acho que sobre tudo. Fanfics tornaram-se parte da minha vida, não sei mais viver sem escrevê-las.
Escreva a primeira coisa que vier na cabeça: Quero brigadeiro.
O que achou do selo: Muito fofo, e lindinho. Quem fez?

Blogs que considero merecedores do selo:
 


domingo, 13 de março de 2011

Love is forever

O vento frio entrava pela janela aberta, fazendo leves cócegas no rosto do rapaz. Seus olhos fixos na moldura, que segurava firme com as duas mãos. Na foto, duas pessoas, um garoto e uma garota, ao fundo uma área verde e alguns prédios azulados. Girou a foto, e leu a dedicatória:
Para os meus melhores amigos, uma lembrança dos bons tempos de escola. Não esqueçam de mim *-*
O rapaz sorriu, largou a foto onde a havia encontrado e caminhou até a janela. Um céu sem lua nem estrelas era tudo que conseguia enxergar aquela noite. O agrupamento de nuvens cinzentas indicava que uma tempestade estava a caminho, o vento estava realmente frio, fazendo-o optar por fechar a janela.


Ricardo caminhava decidido, cada passo seu era cheio de certeza e tensão, o que viria a seguir poderia ser um momento decisivo. Andou por mais alguns minutos, e enfim chegou ao local combinado.
Sentou em um banco de concreto. Pernas alinhadas e braços rijos, tensão em pessoa. Respirou fundo, e olhou para todos os lados, a procura de um rosto conhecido, não demorou a reconhecer a silhueta de uma garota se aproximando. Ela não sorria, mas também não demonstrava raiva. O que mais se adequava era nervosismo. O nervosismo para com uma decisão importantíssima. Ela tinha certeza do que queria, nunca esteve tão certa disso em toda a sua vida, mas aquela pontinha de indecisão não a deixava por nada. Era frustrante.
Enfim, ela sentou-se ao lado de Ricardo, que se pudesse estaria suando frio.

- Eu já tomei minha decisão. – a garota disse sem olhar para o garoto ao seu lado. – Eu sei que demorei, mas...
- Não! – ele disse convicto. – Você pediu seu tempo, e eu o dei, sinceramente, pensei que poderia ter levado muito mais tempo, mas fico feliz que estivesse enganado, não sei se suportaria essa tensão de não saber o que você pensa por muito mais tempo.
- Eu precisei desse tempo, pois queria te dizer com toda certeza o que eu queria para nós. – pausa. – Eu agora posso te dizer o que acho sem medo nenhum.

A garota levantou os olhos, um pouco vermelha, e encarou o rapaz ao seu lado. Ele levou sua mão até a dela, e a segurou forte, mostrando que qual fosse sua decisão, ele não se chatearia e procuraria entendê-la.

- Eu vou te amar para sempre, Bella, seja o que for que você decidir. Eu me apaixonei por você e sempre vou querer o seu melhor...
- Eu sei, Ricardo. Eu também vou te amar para sempre. E essa é a minha decisão. Eu decidi te amar, sem culpa, sem remorso. Se não der certo, vamos continuar amigos, como você mesmo diz, e ainda assim eu vou te amar. – ela terminou com um suspiro de alivio e um sorriso de satisfação.


Grossos pingos de chuva caiam na cidade lá fora, as luzes acesas dos prédios vizinhos e carros transportando água da pista para a calçada traziam uma certa esperança para o coração da expectadora. A garota loira olhava para tudo de uma janela que logo se tornaria embaçada. Escorregou um dedo pela superfície gelada, e virou-se bruscamente na direção oposta, caminhando a passos largos até a sala, onde se encontrava o telefone. Discou alguns números que sabia de cor, e esperou pacientemente a outra pessoa atender, o que não aconteceu.


Bella mantinha os braços apoiados no corrimão do navio, o corpo inclinado para frente, com o olhar perdido no horizonte. Admirava o mar e seu quebrar de ondas; os peixinhos pulando e brincando uns com os outros. Seus pensamentos perdiam-se entre essas maravilhas da natureza, corriam livres como o vento, sem direção especifica, só corriam. Sua distração era tamanha que nem ao menos notou um par de olhos analisando-a.
A brisa marítima batia em seu rosto, e fazia seus cabelos dourados voarem, bagunçando-os, mas pouco se importou. Sorriu de olhos fechados, apreciando aquele momento de paz, sossego e beleza. Reconheceu o toque de dois braços quentes rodeando seu corpo em torno da cintura. Ficou de costas para o corrimão, encontrando o rosto em que a pouco pensava. Ergueu uma das mãos e deslizou livremente pelo rosto do rapaz em sua frente, ambos com um doce sorriso nos lábios.
Bella virou novamente, encontrando o mar. Ricardo permaneceu ao seu lado, abraçado ao seu corpo, admirando juntos aquele belo por do sol.


A campainha tocou, roubando a atenção do rapaz, que estava sentado no sofá. Levantou, um tanto confuso, não esperava ninguém. Abriu a porta, surpreso com quem estava diante de seus olhos.

- Manu? O que aconteceu?
- Isso se chama chuva, e está acontecendo lá fora. – ela disse, abraçando o próprio corpo, as roupas encharcadas.

O rapaz recuperou-se da aparição repentina da irmã e levou-a para dentro, arrumando-lhe toalha e roupas secas.
Depois de se secar e colocar roupas quentes, Manuella voltou a sala, encontrando o irmão no sofá servindo duas xícaras com um liquido escuro. Aspirou o ar, e logo descobriu o que era.

- Chocolate quente. – disse distraidamente (rimei sem querer), atraindo a atenção do irmão para si, que sorriu e lhe estendeu uma xícara.
- Sim. – respondeu. Sentaram-se lado a lado.

Ficaram em silêncio por alguns minutos, até que Rafael resolveu quebrá-lo com uma pergunta.

- Vai me dizer o que aconteceu? – Rafael tomou um gole de seu chocolate, enquanto sustentava o olhar na irmã. Manuella por sua vez mantinha o olhar fixo no tapete fofo do chão.
- Sabe o que eu estava olhando? – Rafael voltou a falar, largou a xícara na mesa de centro, e pegou uma caixa de madeira ao seu lado.

Manuella ainda estava com um pouco de frio, por isso vacilou um pouco ao repetir o movimento do irmão, deixando a xícara, que segurava com as duas mãos, na mesinha de vidro.
Rafael segurou o sorriso, conhecia a irmã muito bem, sabia que ela mão resistiria a olhar velhas coisas dos pais.


Coloque HomeDaughtry p/ tocar.
Os primeiros acordes da música soaram alto e claro, olhei para a garota diante de mim, que sorriu vermelha, com certeza imaginando o que se passava por minha cabeça. Talvez estivesse certa... Ou não.
Estendi minha mão, Bella prendeu a respiração por um momento, talvez espantada com o que estávamos prestes a fazer. Olhou para minha mão, e depois para o meu rosto, eu sustentava um sorriso maroto. Por fim, ela levou sua mão até a minha, demos alguns passos e começamos a dançar.
Bella passou os braços por minhas costas, assim como eu havia feito com ela, e levou a cabeça lentamente ao meu ombro. Era como se estivéssemos abraçados, mas nos movendo de acordo com a música. Sua respiração batia de leve em meu pescoço, e imaginei que estivesse de olhos fechados, não sei por que, mas tive essa impressão.
Corri os olhos pelas outras pessoas, apesar da mais importante delas estar aqui comigo... Minha Bella. Inalei o aroma de seus cabelos, e ali depositei um beijo. Ao longe outra bela sorria para nós, por acaso quem havia nos convidado para a festa... sua festa. Nossa amiga Bela. Lhe lancei um olhar significativo, será que ela... não pode ser. Ela havia escolhido essa música especialmente para nós? No instante seguinte, Bela não estava mais lá, e a minha pergunta já nem era tão importante.

- Sabe o que eu tava pensado... – Bella começou, balançávamos de um lado para outro. – Essa música até que é legal. – isso arrancou de mim uma sonora gargalhada. Bella ergueu a cabeça, e ficou me encarando, isso me fez querer saber o que realmente se passava em sua cabeça, eu não estava com medo, só curioso, eu sempre gostaria de saber o que ela realmente pensava, isso tornaria as coisas tão mais fáceis...
- O que você está pensando? – confesso, essa pergunta me pegou de surpresa.
- Hey, sou eu quem sempre pergunta isso. – sorri.
- Vamos variar um pouco.
- Eu gostaria de saber o que você pensa... Todo o tempo.
- Você só se confundiria ainda mais, acredite. Você enlouqueceria tentando me entender.
- Nunca fui completamente são.
- Eu já desconfiava.

Continuamos nos movendo para lá e para cá. Sem vacilar nossos olhares um do outro.

- Sabia que eu te amo? – passei uma mecha de seu cabelo para trás da orelha.
- Eu amo mais.
- Não, eu que amo mais. Muito mais.
- Não mesmo. – disse desafiadora.
- Ok. Amamos igual. Que tal? – propus inteligentemente. (essas rimas saem tão espontâneas.) Bella balançou a cabeça concordando. Ficamos em silêncio por algum tempo.
- Já to com saudade. – eu odiava vê-la triste.
- Vão ser as duas semanas mais longas da minha vida.
- E as mais tediosas da minha.

Suspiramos simultaneamente. Bella se inclinou em minha direção e encostou nossos lábios, mas só isso. Abracei-a o mais forte que pude. Não queria perdê-la, e talvez... ela estivesse pensando o mesmo que eu.


- Sinto falta deles. - Manuella confessou. Largou uma foto, a mesma que o irmão olhou inicialmente, em cima da mesinha.
- Eu também. – Rafael concordou. – Pode não parecer, mas eles ainda estão com a gente. Todo o tempo.
- É. – Manu sorri. Deixa a cabeça cair levemente no ombro do irmão. Rafael passa o braço livre pelas costas da irmã, e os dois sorriem olhando para a pequena foto, onde os pais estão juntos em uma área verde com prédios azuis ao fundo.

Atrás de ambos, uma áurea brilha.
É, eles estavam ali, todo o tempo.


Goodbye, brown eyes, goodbye, my love ♫

Já escutaram o novo cd da Avril Lavigne, Goodbye Lullaby?
Nossa, é muito bom, to repetindo desde ontem xD
Pode ter demorado, mas ta incrível.


Ok, hoje eu resolvi postar uma história muito especial para mim. Escrevi ano passado, para o meu mano, e amigo de todas as horas, Ricardo Augusto. E acho que vocês gostariam de lê-la.


sábado, 12 de março de 2011

Danny Jones



Sim, não vamos esquecer que hoje é o aniversário desse belo rapaz!
Daniel Alan David Jones, guitarrista e vocalista do McFly.
Muitos, muitos anos de vida para ele.

Danny, seu lindo! Te amo ♥
E que venham mais muitos anos de McFly.


The End.


Eu sempre soube que um momento como esse acabaria acontecendo. Por mais que meu coração se faça em mil pedaços, necessito fazê-lo. Ela é tudo para mim, e a amo mais do que tudo nesta minha medíocre vida, mas a hora de por um fim nisso chegou.
Por mais que eu tivesse passado e repassado minhas falas um milhão de vezes, eu continuava indeciso quanto a isso. Esse seria mesmo um modo de fazê-la feliz? Terminando o que demoramos muito tempo para construir? Eu não tinha certeza de nada, apenas que eu tinha que fazer alguma coisa.
Levantei da cadeira do computador, e uma dor alucinante cortou meu peito. Seria isso um sinal? Olhei para nossa foto em uma bonita moldura na estante. A dor se intensificou, e eu senti as lágrimas começando a cair, mas eu não ia chorar.

[...]

Eu sempre lembraria nossos mais lindos momentos com um sorriso no rosto. Ela agora me odiava, e eu fazia por merecer, mas era para o nosso próprio bem. O que um cara como eu poderia oferecer a ela? Nosso futuro não era promissor. Eu sei que no fundo ela também sabia disso. Cometemos o erro de nos apaixonarmos pela pessoa errada. Não que isso fosse um erro, mas não deveria ter acontecido. Por causa disto, eu agora havia magoado quem eu mais amava, e isso me matava tanto quanto a ela. Se for necessário contar, eu continuaria amando-a, talvez, mais até do que antes, e eu nunca, nunca deixaria este sentimento morrer.

Saturday Night \õ/

Oi amiguinhos (:
Hoje é sábado, ou seja, dia em que vou postar algum texto para vocês.
Espero que gostem.

Nossa, desculpem a demora em atualizar, mas sabem como é, época de testes, então meu tempo fica mais reduzido do que já é. Agora chega de lero, e vamos ao que interessa.

quarta-feira, 9 de março de 2011

U and Me

Dedicada a minha mana Carol, por sempre me aturar e por adorar esse shipper.

Shipper: Draco Malfoy & Gina Weasley

- Eu amo esse filme. – Gina disse com um sorriso doce em seus lábios. Descansava a cabeça no colo do namorado.
- Quantas vezes você já assistiu? – perguntou curioso, fazia leves cafunés na cabeleira da ruiva.
- Sei lá, umas 20? – arriscou. Draco riu gostosamente e passou a mão pelos cabelos.
- Não enjoa de a Walk to Remember (Um Amor para Recordar)? – perguntou. Realmente, Draco já vira a garota assistir muitas vezes àquele filme. Seria capaz de apostar que Gina sabia todas as falas.
- Não – ela sorriu. – é um filme tão bonito. Às vezes me lembro de nós dois. – virou os olhos para a TV; Jamie e Landon estavam em uma estrada à noite.
- Nós dois? – suas sobrancelhas uniram-se em sinal de dúvida.
- Sim – Gina afirmou. – digamos que no início, eu não tinha muita simpatia por você. – fez uma careta. – Eu te achava um cara idiota, ridículo e metido.
- Obrigado pela sinceridade – Draco agradeceu confuso. – bom saber que você pensava tudo isso de mim.
- Ah, amor – Gina olhou atentamente em seu rosto. – você dava a entender que me odiava.
- Eu não te odiava – riu. – só não sabia como... me aproximar.
- E agora sabe? – perguntou mordendo os lábios, Draco sorriu e aproximou se rosto da garota.
- Acho que sim. – disse travesso, causando leves arrepios na ruiva. Grudou seus lábios ao dela, não aprofundou o beijo, só ficou ali pressionando seus lábios.
- Me beija logo. – disse Gina autoritária, Draco riu, mas obedeceu. Sua língua acariciando e brincando com a de Gina, um beijo bom demais. Logo, também já estava deitado do sofá. A relação entre os dois era bastante intensa, mas não a hora apropriada; terminaram o beijos com longos selinhos.
- Te amo, Draco Malfoy. – a garota sussurrou de olhos fechados.
- Também te amo, Gina Weasley.

That day... That birthday...

Ownt, outra fic dedicada a minha melhor amiga.
Dessa vez para o aniversário dela, que foi ontem (08 de março).
Parabéns amiga, mais uma vez.



Meu coração saltitava de felicidade dentro do peito. Estava chegando o momento. Um dos momentos mais emocionantes e esperados de toda a minha vida... Até agora.

- Ei, amiga, ta pronta? – Lari, minha melhor amiga, e confidente fiel perguntou, colocando a cabeça dentro do quarto.
- Quase. – respondi nervosa. Levantei da escrivaninha e me olhei no espelho.
- Ta gata. – Lari verbalizou o que eu havia acabado de me dizer mentalmente.
- Deusémais. – sorri e bati da madeira, Lari também riu.
- Vamos logo, ou chegamos atrasadas. – me puxou pela mão e saímos do apartamento.

Dessa vez a Lah que foi dirigindo (ela insistiu tanto que eu deixei), me deixando assim com um pouco mais de tempo para ficar pensando na morte da Maria Chiquinha... digo, bezerra.
Encolhi as pernas no banco do carona, e fiquei olhando para a mudança de paisagem do lado de fora.
Sem ao menos ter dito uma palavra, a Lari adivinhou mais uma vez o que eu queria. Ela ligou o rádio e uma música muito bonitinha começou a tocar. Aquela música...

Can you feel me? (Você pode me sentir?)
When I think about you. (Quando eu penso em você.)

Comecei a viajar em pensamentos. Meus sonhos mais íntimos, e bonitos.

O sol penetrando em minha pele morena. Eu sorria.
Os raios alaranjados faziam um belo contraste com sua pele e seu corpo; ambos perfeitos para mim. Ele era o meu tipo. Eu o amava.
Sem aviso prévio nem nada, ele me carregou pela cintura e começou a correr. Eu ria e batia levemente em seu peito, mas no fundo não queria que me soltasse.
Quando parou de correr olhou fundo em meus olhos, que eram sapecas e doces, e aproximou nossos rostos. Sorri, prevendo o que ia acontecer. Mas então... Eu acordei.

Vez ou outra eu contava esses sonhos para a Lari, mas eu gostava mesmo de guardá-los para mim. Meus sonhos secretos, como eu gostava de dizer. Como melhor amiga, ela me entendia, pois também tinha os seus, até nisso éramos parecidas.

Meus pés estavam mergulhados parcialmente na água gelada da piscina, por conta de ainda estar com o sangue quente, e não muito empolgada com a idéia de me molhar, eu ainda estava do lado de fora, tentando me acostumar com a temperatura.

- Entra logo. – ele disse com metade da cabeça submersa.
- Não. – fiz manha. – ‘Ta frio. – ele revirou os olhos e se aproximou nadando.
- Se você não entrar aqui em 5 segundos eu vou te puxar.

Ele se aproximou ainda mais, colocou as mãos na borda da piscina e pôs impulso para subir.
Foi tudo tão rápido que minha cabeça ainda gira.
No mesmo instante em que pegou impulso, me roubou um selinho e me levou consigo para o fundo da piscina. Ah, moleque.

- Chegamos! – Lari estacionou o carro e ficou me encarando com aquela cara “eu sei o que você ta pensando”.

Respirei fundo e sai do carro.
Não ficamos muito tempo juntas, ela também estava indo encontrar alguém, um alguém bastante conhecido e querido. Dei uma piscadela marota, e segui meu caminho.

Eu caminhava por uma rua deserta tarde da noite. O mais incrível é que eu não estava com medo, o que seria fato na realidade. Em sonhos somos tão destemidos...
Olhei para o céu, e o brilho das estrelas fascinou meus olhos.
Mas eu não estava sozinha. Como num passe de mágica, ele estava ali, ao meu lado, segurando minha mão, e admirando toda aquela imensidão comigo.

Meu celular apitou no bolso. Li a mensagem que acabara de chegar.

O infinito é apenas a metade do quanto eu te amo. **

Sorri comigo mesma, e apressei meus passinhos de tartaruga.
Cheguei ao local combinado e fiquei olhando para todas as direções possíveis. Sim, eu estava ansiosa, e daí? Não é crime.

Atrás da banca de cupcakes, um garoto, muito bonito, fazia os mesmos movimentos que eu, como se procurando uma pessoa. Engoli em seco, e inconscientemente comecei a me deslocar até ele. Parei a poucos passos.

- É agora ou nunca. – murmurei baixinho. Toquei seu ombro.

O som de trombetas celestiais invadiu minha cabeça. O coro dos anjos era tão lindo...


- Feliz aniversário! – meus três melhores amigos seguravam um bolo e sorriam.
- Vocês não existem. – falei secando as lágrimas que começam a escorrer em meu rosto.
- Ei, essa fala é minha. – Lari disse me dando língua.
- Eu também digo isso. – também de língua para ela.
- Como são bobas essas duas. – nossos dois amigos comentaram entre si.
- Nós ouvimos! – respondemos juntas e cruzamos os braços encarando os dois patetas. (Se a Lah estivesse ao lado deles seriam três patetas. Rsrsrs.)
- Ownt, amor. – ele veio até mim com os braços abertos, me abraçando.
- Adoro te deixar irritada. – o outro caminhou até a Lah que fazia biquinho. Eles são o casal mais incomum que eu conheço. Sério.


            Eu não preciso mais sonhar com meu amor, e nós dois juntos. Ele está aqui comigo agora. Somos muito, muito felizes, e compartilhamos essa felicidade com todos a nossa volta. Nunca imaginei que seria tão feliz desse jeito, mas e não é que é possível?



** Créditos ao Pedro Henrique pela belíssima frase.

Third comment

Oi galerinha!
Não sei o que postar hoje '-'

não, não. vou tentar de novo.

Olá amiguinhos!
Não faço a mínima ideia do que postar hoje --'
Poisé, falta de criatividade.

Ow God, aulas amanhã,
e teste de Biologia...

VOLTA CARNAVAL!!!

é, acho que ficou bom.

Espero que vocês gostem, seja lá o que eu postar aqui (;

 (Thomas lindo Fletcher)

segunda-feira, 7 de março de 2011

You


Eu tento parar de pensar em você... Não consigo.
Nem mesmo em sonhos consigo te esquecer.
Em cada música, um pedacinho seu domina minha cabeça.
Quando isso vai parar?
Quando voltarei a ser eu mesma, e me preocupar menos com você?
Acho que isto está longe de terminar...
Só espero que no fim, toda essa agonia valha a pena,
E possamos ser felizes.

About me


A maior parte do tempo é assim, meu olhar perdido no espaço. Mil e uma coisas mirabolantes passeando pela minha cabeça.
Expressão sérias, fones no ouvido... Uma garota comum, com sonhos impossíveis e que esqueceu de crescer.

Quando fecho os olhos, é uma maneira de realizar todos os meus sonhos, desde os mais bobinhos até os mais complicados.
Não tente me entender, é uma árdua tarefa, e que talvez em seu final, nem seja tão importante assim.

Never tell


Por que eu não consigo te dizer tudo o que sinto?
Não consigo entender a mim mesma.
Só o que faço é te afastar de mim, quando o que mais quero é que esteja perto.
Eu nunca vou me perdoar se eu te perder e não ter a chance de dizer tudo o que quero há muito tempo.
Eu sei que nunca vou ter coragem de dizer, mas de algo forma, espero sinceramente que você saiba, ou que ao menos uma ideia se passe pela sua cabeça.

Second comment


(Tom Fletcher está dizendo "Oi" p/ vocês)


Oioi pessoas que tem internet!
#iCarlyfeelings

Hoje eu acordei meio sentimental, então já sabem: se acharem meus textos melosos, emos e... filosóficos demais, tem motivo.
(nada contra os emos, blz?)

domingo, 6 de março de 2011

Catapora

Short-fic que eu fiz quando minha bieféfa estava doente.


- Oi, meu amor. – Danny entrou pela porta, cheio de sacolas do supermercado.
- Oi. – respondi com um sorriso murchinho, eu odiava ficar doente. Ele veio até mim e me deu um curto selinho, depois foi até a cozinha levar as sacolas.
- ‘Ta melhor? – ele perguntou.
- Um pouco. – respondi na mesma altura. Estiquei as pernas no sofá.

Zapeei alguns canais na TV... Nada de bom passando. Desliguei.

- Danny. – chamei preguiçosamente. Ele esticou a cabeça para que eu pudesse vê-lo. – Pega meu celular? – pedi com um sorriso meigo. Ele sorriu, e foi pegar o aparelho no hack para me entregar.

- Obrigada. – mandei-lhe um beijinho no ar.

Assim que peguei o celular de sua mão, Larissa me ligou.
É sério, nós temos uma ligação... Sem piadas, por favor. Temos uma ligação muito forte. Nós com certeza devíamos ter sido irmãs em outra vida. Imagina só, eu e a Lah com aquelas roupas de época, passeando pela Londres de antigamente. Nossa, maior sonho isso.

"Amiga, como você 'ta?" Ela começou desesperada. Rsrs.
"Oi Lari." Comecei. Que amiga louca eu tenho. "Eu ainda 'to na mesma, com essa catapora." Olhei enraivada para as manchas vermelhas no meu corpo. "Mas, e você? Como está?"
"Tudo belezinha." Ela respondeu.

Não escutei mais nada. Tirei o celular da orelha e olhei para o visor.

- Que ótimo, a ligação caiu. – bufei descontente.
- Ela vai ligar de novo. – Danny falou da cozinha. Ué, tanta demora só para arrumar umas comprinhas?
- Ei, Danny – comecei. – o que você 'ta fazendo aí? – sim, eu sou muito curiosa.
- Ah – ele esticou a cabeça novamente para que eu pudesse vê-lo. – ‘to preparando chocolate quente.
- Oba, oba. – comemorei sentada. O celular tocou novamente.

"O que aconteceu?" Perguntei esbaforida.
"Calma." Lari disse lentamente. "Foi essa droga de celular." Bufou. "Isso sempre acontece quando neva em Londres."
"Londres?" Estranhei. "O que você ta fazendo em Londres, amiga? Pensei que estivesse em Liverpool com o Tom."
"Ah, é" A ouvi bater na própria testa. "Viemos ver uma apresentação da Carrie. Ai, amiga, minha cunhadinha estava linda. Senti sua falta conosco. Não é a mesma coisa sair para comemorar na Starbucks sem você." Ela choramingou.
"Pode apostar que eu queria muito, muito, muito mesmo estar aí." Sorri. "Mas me fala, como está a Carrie?"
"Ela ‘ta bem. Saiu há pouco com o Tom, foram locar uns filmes e ir ao meu paraíso particular..."
"Starbucks." Falamos juntas, para depois rirmos juntas também. "Boba." Dei língua. Ok, ela nem viu. "Mas, ei... Por que você não foi com eles?"
"Ah, pensei que era uma boa hora para te ligar, saber como está... E colocar as fofocas em dia." Rimos.
"Ownt, amiga. Realmente, você é a melhor amiga do mundo todo!" Fiz gesto com as mãos. Estou tão sentimental.
"Ah, amiga. E você? A melhor, da melhor, da melhor, da melhor, da melhor, da melhor..."
"Já entendi."
"Da melhor, das melhores." Gargalhamos.
"Suas loucas!" Danny apareceu e sentou no braço do sofá.
"Somos mesmo!" Lari respondeu. "Ah, fala para o Danny que eu disse que é para ele cuidar direitinho de você, viu?" Ela informou preocupada comigo. Ah, minha melhor amiga.
"Ok, vou dar o recado." Danny riu, ele devia saber que o recado era para ele mesmo.
"Você ta doentinha, ele tem que ser carinhoso, cuidadoso, sabe." Continuou passando os recados.
"Sim, senhora." Bati continência, Danny riu ao meu lado.
"Coloca no auto falante, por favor?" Ela pediu educadamente. Ih, já vi tudo. Fiz o que ela pediu.

- DANNY, CUIDA DELA VIU! SE NÃO FAÇO PICADINHO DE JONES! – ai meus tímpanos. – Ele me ouviu? – ela perguntou com a voz em tom normal.
- Acho que até o meu porteiro te ouviu, amiga. – ri, ela me acompanhou, e Danny continuava olhando para o aparelho em minhas mãos assustado.
- Ela não vai sair daqui e te bater não, Danny, fica tranqüilo.
- Uh – Lari comemorou do outro lado da linha, eu imaginei perfeitamente ela fazendo uma dancinha louca. – vou contar para o Tom que o Jones tem medo de mim.
- Ok, amiga. – suspirei. – liga depois, quero falar com o Tom também. Ele que não esteja com os dois olhos bem grudados em você.
- Ué, não entendi. – uhn, e depois ela diz que o Danny que é lerdo.
- Ow, sua lerda, - ela soltou um muxoxo descontente. – do jeito que você é, vai acabar fazendo alguma maluquice ai em Londres. – ri alto.
- Muita engraçadinha, dona Raíra. – ela devia estar me dando língua, aposto.
- É sério – continuei rindo. – espero encontrar o Big Ben, a London Eye e o Madame Tussaud quando eu voltar. – Danny gargalhou.
- Ah, o Tom não ta aqui para me defender agora – a voz dela era tristonha. – vou ligar de novo quando ele voltar, aí você e o Danny vão ver.
- ‘Ta legal, amiga. Beijos. – sorri.
- Beijos, beijos, amiga! – ela riu. Desligou. Também desliguei.

Larguei o celular na mesinha de vidro, que não estava muito longe, é claro. Não ‘to a fim de levantar do sofá, não mesmo.

- Ai, que droga. – praguejei baixinho, essa droga de catapora me irritando. Não vou coçar, não vou coçar. Eu repetia mentalmente.
- Vem cá. – Danny sentou ao meu lado e segurou minhas mãos. Ei, eu preciso delas para me coçar. Disse-lhe mentalmente.

Ele levou minhas mãos até sua cabeça. Ai, eu adorava aqueles seus cabelos macios. E começou a usá-las para afagá-los. Adoro essa sensação.

- É melhor do que coçar a catapora, não é? – ele sorriu maroto. Balancei a cabeça dizendo que sim. Eu chegava a desacreditar que existisse uma pessoa tão fofa quanto ele.
E a Lari preocupada que ele não fosse cuidar de mim. Sorri.

[...]

- Quem quer chocolate quente? – Danny voltou para a sala com uma bandeja e duas xícaras.
- Eu, eu, eu! – comemorei sentada. Adoro chocolate quente.
- Miss. – ela me entregou uma das xícaras.
- Oh, thanks. – agradeci lhe lançando uma piscadela.

Sentei com as pernas dobradas, deixando um espaço para Danny sentar ao meu lado.
Tomamos nosso chocolate em silêncio, até que eu comecei a rir descontroladamente.

- O que foi? – Danny perguntou confuso. Comecei a rir mais ainda. – Você está me assustando.
- Desculpa. – controlei o riso, cheguei um pouco mais perto de seu rosto. – Era só isso. – limpei o bigodinho de chocolate em seu rosto. Ownt, ele estava uma gracinha com aquele rostinho confuso de bigodinho.
- Então, ta. – ele se aproximou do meu rosto e virou a xícara fazendo um bigode em mim também.
- Como estou? – fiz uma pose segurando a xícara. Eu devia estar ridícula com aquele bigode, mas tudo bem, ninguém está vendo mesmo. Só o Danny.
- Uma gracinha. – ele elogiou e tirou uma foto com seu celular.
- Ei, não vale! – protestei, tentei em vão arrancar o celular de suas mãos. Mas eu consegui? Claro que não. – Apaga isso, Danny. – pedi.
- Hum-hum. – ele fez que não com a cabeça.
- Chato. – cruzei os braços, e lhe dei língua.
- Linda. – ele largou sua xícara, e ficou me abraçando. Ele me desarma fácil fazendo isso.

[...]

- Lava, lava, lava. Lava, lava, lava. Uma orelha, uma orelha. Outra orelha, outra orelha. – eu cantarolava tomando banho.
- Quer ajuda aí? – ouvi a voz de Danny do lado de fora do banheiro.
- Não! – respondi brincalhona. – Seu tarado!
- Posso só deixar a sua roupa aí dentro? – perguntou. Hum...
- Tudo bem. – dei de ombros. Continuei dançando e cantando.
- Posso me juntar à festa? – Danny afastou a cortina do Box e deu um sorriso danado.
- Não! – respondi o expulsando. – Sai daqui, Danny.
- Malvada. – ele saiu do banheiro rindo. Palhaço. Ri e terminei o banho.

Coloquei minha roupa íntima e comecei a vestir o pijama.
Até que a catapora estava melhorando, não estava coçando tanto quanto antes.

- Ta-dam! – entrei palhaça no quarto. Danny estava tirando a camisa. Opa, eu sempre chego nas melhores horas.
- Adoro esse pijama. – ele elogiou.
- Gosto mais do de vaquinhas – pensei alto. – mas também gosto desse azul com nuvens. – sorri e me joguei na cama.
- Só falta uma coisa. – ele sorriu maroto e procurou alguma coisa dentro de sua gaveta.
- Ownt! – meus olhos brilharam de excitação. – Pantufas! – pulei para fora da cama. Nem parece que eu estou doente, né? – Suas pantufas de macaco. – lembrei.
- Uhum. – ele vestiu uma camiseta mais folgada para dormir, e trocou a calça jeans por uma calça de moletom.
- Te amo, meu lerdinho. – cobri seu rosto de beijos. Ele merecia.
- Também te amo, minha pequena doida. – ele me abraçou, me levou para a cama.

Deitados e ficamos conversando sobre qualquer bobagem. Minha cabeça aninhada em seu peito, enquanto ele fazia um gostoso cafuné. Meus olhos fechavam sem muito esforço.
Danny depositou um beijo em minha cabeça e desligou o abajur. Olhei de relance para o teto e vi estrelas, luas e um único sol.

- I’m just following the road, through a walk in the sun

Escutei a voz de Danny cantarolar, minha mente já distante, rumo ao país dos sonhos. Onde Danny e eu vivemos felizes para sempre caminhando sobre o sol.